A cantora americana-senegalesa Marieme prepara o lançamento de um single bilíngue com a baiana Luedji Luna, “Let You Go”, que chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (25), com videoclipe gravado no deserto de Las Vegas. A novidade deve ser o carro-chefe do próximo EP da artista, que ainda não tem nada de lançamento prevista. “Eu amo a Luedji. Foi por isso que, durante minha última visita a São Paulo ano passado, marcamos uma sessão de estúdio. Compusemos e produzimos a música em cerca de duas horas… O resto do tempo passamos rindo e nos divertindo juntas”, recorda a estadunidense. A produção conta ainda com a participação de Doc McKinney, músico indicado ao Grammy por seu trabalho com The Weeknd e creditado em trabalhos de Drake, Florence and The Machine e Maroon 5. O arranjo tem assinatura dos produtores David Williams II e Adrian Eccleston.
A canção, que é uma composição de Marieme e Luedji e traz fortes influências das batidas do afrobeat, reflete sobre a superação do final de um relacionamento nocivo. “É inspirada em situações que nós duas vivemos, seja de maneira romântica, familiar ou com amigos, em que tivemos que abrir mão do que não fazia bem. Se não correríamos o risco de perder os bons momentos da vida. Essa música é sobre a importância do encerramento de ciclos (…) Acredito que a descendência africana que eu e Luedji compartilhamos deixou tudo ainda mais especial. A história dos nossos ancestrais é dolorosa, mas eles encontraram caminhos para lidar com os traumas. Na faixa, nós falamos sobre algo muito importante: liberdade. Apesar de expressarmos isso na letra pela ótica das relações interpessoais, esse é um tema universal. É uma música sobre a liberdade de seguir em frente – não só romanticamente, mas na vida -, driblar as dores e injustiças do passado. Para que você possa voar alta e viver o melhor da sua vida”, conta a artista.
Marieme, que já se apresentou no Brasil e é amiga de nomes como Isis Valverde e Bruno Gagliasso, destaca ainda sua admiração pelos artistas brasileiros e revela expectativas para conhecer a Bahia. “Além da Luedji, eu amo a Liniker e o Rincon Sapiência, com quem cheguei a entrar em estúdio. Ainda não visitei a Bahia, porque meus shows no Brasil acabaram acontecendo apenas em São e no Rio. E eu não queria conhecer a Bahia com pressa, sabe? Quero passar algumas semanas lá, absorvendo a cultura e as pessoas. Mal posso esperar para estar lá, poder me conectar com as pessoas e me apresentar também”, afirma.