Após cerca de 150 dias, a Base Aérea de Canoas deixa de receber os voos comerciais que tinham sido transferidos do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O fim das operações de empresas aéreas comerciais na base militar da região metropolitana da capital gaúcha ocorreu após a reabertura parcial do Salgado Filho, na manhã desta segunda-feira (21). Responsável por mais de 90% do tráfego aéreo no Rio Grande do Sul, o Salgado Filho teve que ser integralmente fechado no dia 3 de maio por conta da catástrofe socioambiental que afetou mais de 2,34 milhões de pessoas e deixou ao menos 183 mortos em quase todo o estado.
Pousos e decolagens
O Salgado Filho passou cerca de 170 dias fechado, em obras que ainda não integralmente finalizadas. Durante este tempo, autoridades aeroportuárias autorizaram a Base Aérea de Canoas a receber voos comerciais para suprir parte da demanda. A base também foi fundamental ao permitir a movimentação de aeronaves empregadas no resgate e transporte de vítimas das cheias e de suprimentos.
Segundo a Força Aérea Brasileira, entre 27 de maio e 21 de outubro, a Base Aérea de Canoas registrou mais de 1,2 mil pousos e decolagens, permitindo o transporte de cerca de 210 mil pessoas. “Com a normalização e reabertura do aeroporto de Porto Alegre, a base aérea conclui uma fase crucial que ajudou a mitigar as consequências do fechamento do principal hub aéreo do Rio Grande do Sul”, comentou a corporação, em nota.