Metro quadrado mais caro do Nordeste custa 32% a mais que a média da região; saiba qual é

Metro quadrado mais caro do Nordeste custa 32% a mais que a média da região; saiba qual é

Redação Alô Alô Bahia

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Redação Alô Alô Bahia com informações da Exame

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Publicado em 16/10/2024 às 16:06 / Leia em 3 minutos

Maceió (AL) tem o m² mais caro entre as capitais do Nordeste, de acordo com o último Índice FipeZap de venda residencial. Mesmo sendo a 5ª maior economia da região, comprar um imóvel na capital alagoana custa, em média, R$ 8.803/m². O valor é 28,8% maior que a média nordestina e quase 10% acima de Recife (PE), a 2ª colocada, com uma economia duas vezes maior que a de Maceió.

Uma possível explicação seria a orla da cidade, com algumas das praias urbanas mais bonitas do Brasil, cenário perfeito para o mercado imobiliário surfar na onda do turismo da capital e do estado.

“Não temos uma economia pujante, mas temos o metro quadrado mais caro do Nordeste. Muito disso vem do turismo, que é nossa maior indústria”, avalia Nilo Zampieri, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais de Alagoas (Secovi-AL), em conversa com a revista Exame.

Segundo ele, o investimento em infraestrutura e segurança da orla seriam importantes pilares por trás dessa evolução do turismo em Maceió, 10 anos depois da cidade ser considerada a mais violenta do Brasil pelo Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal. Atualmente, a ONG mexicana, que realiza o levantamento anual das 50 cidades mais violentas das Américas, coloca a capital alagoana na 37ª posição.

Segundo pesquisa encomendada pela Exame, os apartamentos de até um dormitório foram os que registraram o maior crescimento nos últimos cinco anos na cidade, com o aumento de 352%, no mesmo período, de lançamentos do tipo. Neste sentido, o Turismo seria motor do mercado imobiliário, influenciando até mesmo a tipologia dos imóveis lançados.

E a tendência se prova em outras cidades, com os studios como fenômeno por facilitar o acesso às áreas mais valorizadas dos centros urbanos, pequenos em área, mas normalmente com condomínios bem equipados e localização atrativa.

Para se ter uma noção, a menor metragem lançada em Maceió é de um edifício de studios em Jatiúca, com unidades menores com 16 m². Em 24 horas, 60% do empreendimento foi vendido, R$ 15 mil/m², valor 70% acima do valor médio cobrado na cidade. Toda essa valorização de uma região acontece em meio à reorganização geográfica após a tragédia da Braskem, que provocou o afundamento do solo em 2,5% da área urbana da capital, forçando o deslocamento de mais de 60 mil pessoas desde 2018.

A expectativa é de continuidade no crescimento do mercado de Maceió, depois dos preços terem ficado estáveis em setembro e acumulando alta de 9,22% em um ano. Em 2023, a cidade foi a capital que mais registrou avanço no valor do metro quadrado, com alta acumulada de 16%.

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