Termina nesta quarta-feira (16) o prazo para sacar o “dinheiro esquecido” disponível no Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC). Ao todo, R$ 8,5 bilhões ainda aguardam resgate, beneficiando mais de 44 milhões de pessoas físicas e jurídicas que não retiraram seus saldos.
O SVR é um serviço oferecido pelo BC para que cidadãos e empresas possam consultar valores esquecidos em bancos, consórcios ou outras instituições financeiras.
O sistema abrange, inclusive, quantias pertencentes a pessoas já falecidas.
Mais de R$ 8 bilhões já devolvidos
Desde a criação da plataforma, mais de R$ 8 bilhões foram resgatados, segundo dados do Banco Central. A maior parte dos valores recuperados corresponde a saldos esquecidos em contas bancárias, seguidos por consórcios e cooperativas.
Como consultar e resgatar os valores esquecidos
Para verificar se você ou sua empresa têm dinheiro a receber, o procedimento é simples e gratuito. Basta acessar o site do SVR com as seguintes informações:
- Para pessoas físicas: CPF e data de nascimento;
- Para pessoas jurídicas: CNPJ e data de abertura da empresa.
Caso existam valores a serem resgatados, é necessário acessar o sistema utilizando uma conta gov.br de nível prata ou ouro (para pessoas físicas) ou vinculada ao CNPJ (para empresas). Veja o passo a passo:
- Acesse o Sistema de Valores a Receber;
- Faça login com sua conta gov.br;
- Escolha “Meus Valores a Receber” para valores próprios ou “Valores de pessoas falecidas” no caso de herdeiros;
- Aceite o “Termo de Ciência” e verifique os detalhes dos valores e da instituição responsável pelo pagamento;
- Se disponível, escolha a opção “Solicitar por aqui”, informe sua chave Pix e guarde o número do protocolo;
- Caso o sistema solicite contato direto com a instituição financeira, siga as instruções fornecidas.
Valores de pessoas falecidas
No caso de resgate de valores pertencentes a pessoas falecidas, apenas herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais podem acessar os dados. A consulta deve ser feita normalmente pelo sistema, mas é necessário contatar a instituição financeira diretamente para apresentar a documentação exigida.
O que acontece se o dinheiro não for sacado?
Se o valor não for retirado até o prazo final de quarta-feira (16), será recolhido pelo Tesouro Nacional, conforme previsto pela Lei 14.973, sancionada em setembro pelo presidente Lula.
Após esse recolhimento, a Fazenda publicará um edital no Diário Oficial da União informando os detalhes dos depósitos.
Os beneficiários terão 30 dias para contestar o recolhimento. Caso não o façam, ainda poderão requerer judicialmente os valores por um período adicional de seis meses. Após esse prazo, os recursos serão definitivamente incorporados ao patrimônio do governo.