Lewis Hamilton enfrenta depressão desde a adolescência e desabafa: ‘Não tinha ninguém com quem conversar’

Lewis Hamilton enfrenta depressão desde a adolescência e desabafa: ‘Não tinha ninguém com quem conversar’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Getty Images

Publicado em 01/10/2024 às 15:46 / Leia em 3 minutos

Heptacampeão mundial de Fórmula 1, o piloto Lewis Hamilton revelou, durante entrevista ao jornal The Sunday Times, que enfrenta problemas de saúde mental desde a adolescência. De acordo com o atleta, o bullying sofrido na escola e a pressão para se destacar desde cedo contribuíram para que ele desenvolvesse uma depressão. “Quando eu estava na casa dos 20 anos, passei por algumas fases muito desafiadoras. Quero dizer, eu tive dificuldades com minha saúde mental ao longo da minha vida. Depressão. Desde muito jovem, quando eu tinha, tipo, 13 anos. Acho que era pela pressão das corridas e as dificuldades na escola. O bullying. Eu não tinha ninguém com quem conversar”, declarou.

Para lidar com o problema, o piloto inglês revelou que já praticou meditação, recorreu a livros de autoajuda e chegou a passar por sessões com psicóloga. “Eu sofria inicialmente para acalmar minha mente. Mas [meditação] é uma ótima maneira de entrar em contato comigo mesmo, meus sentimentos internos, entender o que posso fazer. Falei com uma mulher [psicóloga], anos atrás, mas isso não foi realmente útil. Eu gostaria de encontrar alguém hoje”, relatou.

Apesar das dificuldades, Lewis avalia que amadureceu ao longo desses anos e que está em sua melhor fase profissional. “Você aprende sobre coisas que foram passadas por seus pais, encontra padrões, compreende como você reage às coisas e como pode mudá-las. Então o que me causava raiva no passado, não me causa raiva hoje. Estou muito mais maduro (…) Agora me sinto mais saudável do que nunca. Estou em um ótimo lugar, fisicamente e mentalmente. Meus tempos de reação são ainda mais rápidos do que os dos jovens. Acho que sou um piloto melhor do que era aos 22 anos. Naquela época, eu era apenas jovem, cheio de energia e implacável, mas sem finesse, sem equilíbrio. Eu não sabia como atuar em equipe, como ser um líder”, pontuou.

Sem planos de se aposentar das pistas em um futuro próximo, ele citou ainda que tem o brasileiro Ayrton Senna como uma importante referência: “Quando analiso as lendas, elas se diferenciam por pequenas porcentagens, então é o pacote completo: ‘o que elas representam, defendem?’. Eu olho para Ayrton Senna e Nelson Mandela, e quero ser a junção dessas duas pessoas.”

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