O ator baiano Fabrício Boliveira vai estrear como protagonista de novela em Volta por Cima, da TV Globo, nessa segunda-feira (30). Ele vai interpretar Jão, que trabalha em uma empresa de ônibus.
“Foi um caminhar dentro das novelas, e esse protagonista chega num momento especial da minha vida e em um momento delicado para o Brasil. A novela traz questões pertinentes e provoca discussões sobre ética, coletivo e muito mais. Fiquei muito contente com o convite da Claudia (Souto, autora) e do André (Câmara, diretor artístico)“, contou o ator, em entrevista ao gshow.
O ator consegue identificar semelhanças com o personagem. “Jão tem um senso de justiça que me acompanha, tem ética, bom senso, empatia, uma observação das pessoas e da vida. Acho que ele tem o mesmo orixá que o meu, Xangô, o orixá da justiça. E o que eu trago dele é uma percepção sobre masculinidade. Ele tem a mãe como espelho e, por isso, tem um olhar sensível sobre as mulheres, aconselhando os amigos, apontando os erros, tem um feminino aflorado“, pontua.
O personagem Jão, que se chama Jorge Corrêa, começa a trabalhar na Viação Formosa muito cedo como trocador de ônibus. Ele foi criado apenas pela mãe Neuza (Valdineia Soriano). Dedicado, ele consegue crescer e chega ao cargo de fiscal. Ele também consegue se formar em Administração e planeja crescer ainda mais na empresa.
A novela se passa no fictício bairro de Vila Cambucá, um subúrbio carioca. “O maior contingente do Brasil está nos subúrbios, e mostrar ao Brasil essa realidade, com sua cultura e seus aprendizados, é muito bom. O subúrbio carioca representa os subúrbios de todo o Brasil, são os novos quilombos, com muita diversidade e história. São pessoas que dão duro, que se ajudam, que têm um olhar sobre o coletivo. Isso pra mim é política do futuro, cuidar do seu vizinho”, ponderou o ator.
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Para se preparar para o papel, ele se aproximou de pessoas que trabalham na área de transporte. “Durante as vivências, conheci o Flávio, um fiscal de ônibus de quem me aproximei. Ele faz um trabalho meio de psicólogo, percebendo a condição do outro. Existe uma horizontalidade nas relações, um lugar de escuta do fiscal para com os motoristas e outros funcionários que eu achei muito bacana”.
As informações são do gshow
