‘Precisamos enegrecer a Justiça do Brasil’, diz advogada baiana após prêmio internacional

‘Precisamos enegrecer a Justiça do Brasil’, diz advogada baiana após prêmio internacional

Redação Alô Alô Bahia

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Reprodução

Publicado em 27/09/2024 às 16:39 / Leia em 2 minutos

Nascida em Feira de Santana, a advogada baiana Juliana Souza recebeu nesta sexta-feira (27), em Nova York, o prêmio de Most Influential People of African Descent (Mipad), apoiado pela ONU, que reconhece as 100 pessoas negras mais influentes do mundo.

Sucesso nas redes sociais, com 160 mil seguidores, Juliana virou manchete em todo o país após conseguir que Day McCarthy fosse condenada a oito anos e nove meses por ofender a filha mais velha de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. É a maior condenação por racismo da história do país.

“Desde que assumi o caso, em 2020, tem sido uma luta, uma batalha. Sobre o caso específico, não posso falar por que corre em segredo de Justiça, e envolve o interesse de crianças. Construí esse trabalho numa perspectiva para além da ação, já que fui essa criança negra que sofreu racismo. Trago a perspectiva para além dos meus estudos, da minha especialização. É minha vivência, essa é a missão na minha vida. Tivemos uma decisão histórica da qual eu me orgulho”, disse em entrevista ao jornal O Globo.

Além de advogada, Juliana é influencer e costuma aparecer ao lado de famosos para falar de assuntos jurídicos e raciais. Na pandemia, fez lives com Anitta sobre equidade racial, por exemplo. Juliana também e palestrante e dá consultorias sobre o tema. Em julho, participou de uma festa no instituto Vini. Jr. para dar visibilidade a causa.

Ela própria fundou uma entidade, o Instituto Desvelando Oris e se tornou escritora após lançar “Torrente Ancestral, Vidas Negras Importam”, em 2023.

“Precisamos pensar na forma como a lei é feita, enegrecer como lidamos e construímos a Justiça no Brasil. De que forma? Formando quem já está lá, e essa é uma formação constante, porque o racismo é um fenômeno que emoldura estruturas sociais. Por isso, o pensamento em prol da construção de novas práticas deve ser constante”, defende a advogada.

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