A produção de ovos de galinha na Bahia cresceu, mesmo com a redução do número de galináceos. Conforme a Pesquisa da Pecuária Municipal, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado alcançou a marca de 122,6 milhões de dúzias de ovos entre 2022 e 2023, o maior número já registrado em 49 anos de levantamento. Contudo, o rebanho de galináceos diminuiu pelo segundo ano consecutivo.
Segundo o IBGE, houve um aumento de 1,3% na produção de ovos em 2023 em relação ao ano anterior, com um acréscimo de 1,6 milhão de dúzias. As principais cidades produtoras durante o período foram Eunápolis (24,2 milhões de dúzias), Barreiras (13,9 milhões de dúzias) e Entre Rios (10 milhões de dúzias). Kesley Santos, presidente da Associação Baiana de Avicultura, aponta dois fatores principais para o crescimento: o preço acessível do ovo e a valorização do alimento como opção saudável.
“O preço dos ovos é geralmente mais acessível em comparação com outras fontes de proteína animal, o que faz com que os consumidores optem por essa proteína. Além disso, o aumento na produção devido às pessoas estarem em busca de uma melhor qualidade de vida. Hoje, já foi comprovado que os ovos trazem muitos benefícios. O aumento é a união desses dois fatores”, afirma. Kesley ainda acrescenta que a concorrência pode ser um fator, uma vez que apenas dois de cada dez ovos na Bahia são produzidos no estado.
Apesar do crescimento na produção de ovos, o número de galináceos no estado diminuiu. Tanto o efetivo de frangos para abate, que caiu de 41,9 milhões para 38,2 milhões (redução de 8,9%), quanto o de galinhas poedeiras, que passou de 7,7 milhões para 7,6 milhões (queda de 1,3%), apresentaram declínio.
A diminuição do frango pode estar relacionada a alimentação do animal. Segundo Kesley, a manutenção dos galináceos ficou mais cara. “Os custos de insumos, como milho e soja, que são usados na alimentação das aves, têm aumentado e encarece a produção de frango. É preciso observar os custos de produção do frango”, diz.