Festa de San Gennaro, Fabio Jr., Xanddy e Afrocidade: veja destaques da agenda do fim de semana

Festa de San Gennaro, Fabio Jr., Xanddy e Afrocidade: veja destaques da agenda do fim de semana

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Maria Marques

Divulgação

Publicado em 20/09/2024 às 14:11 / Leia em 9 minutos

Boas-vindas, primavera! E que se faça florir o nosso final de semana, bem servido de alternativas ecléticas para espairecer – tanto em Salvador quanto na Região Metropolitana. Desta sexta-feira (20) até domingo (22), é verdade que o samba impera em meio às múltiplas opções, mas tem também MPB, pagode, gastronomia, teatro, e toda sorte de opções para sair de casa e “botar a cara no sol“. Vem ver!

sexta-feira, 20 de setembro

Grandiosa intérprete, Mônica Salmaso fará da Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) a sua casa por uma noite. É que a paulistana sobe ao palco sagrado, quase dois anos depois de dividi-lo com Chico Buarque na turnê “Que Tal Um Samba?”, para convidar o público a adentrar “Minha Casa”, projeto que reúne, no repertório, compositores magnânimos como Tom Jobim, Dori Caymmi, Paulo César Pinheiro, Guinga e o próprio Buarque. Será às 19 horas, e, por acaso, ainda há ingressos entre R$ 40 e R$ 150 –tanto no Sympla quanto na bilheteria física do TCA.

Mônica Salmaso com sua banda no show “Minha Casa” | Foto: Aline Santos/Divulgação

Para os lados do Pelourinho, o samba come no Centro! Na Rua Santa Isabel, o Armazém do Campo faz todos unirem-se ao redor do Terreiro da Preta, grupo liderado pela “bairoca” –fusão de Bahia com Rio de Janeiro– Josi Climaco, dona de uma voz forte, que, de tão grandiosa, quase não cabe naquele apertado corredor. Aliás, assim são os sambas do Armazém do Campo: com muito calor humano. No repertório, não falta samba raiz, partido alto e células afrodiaspóricas. De graça, viu? É só chegar!

Josi Climaco, vocalista do Terreiro da Preta, reverencia as mulheres pretas do samba | Foto: Divulgação

Se disposição tiver, considere descambar do Pelourinho ao Santo Antônio Além do Carmo, rumo à charmosa Casa Dingo-Dingo, na Rua Direita do Santo Antônio, para testemunhar mais um samba de fina estampa: o trio-balanço Bucha de Terno. Formada por Felipe Ataide, Roberto Ribeiro e Everton Marco, a trupe se vale da máxima do mestre Candeia: “enquanto se luta, se samba também”. Munidos dessa força, os meninos saravam a ancestralidade e relembram que o ritmo é, e sempre será, instrumento de luta. A batucada começa às 19 horas! Para fazer parte da festa, adquira antecipadamente o acesso por R$ 20 –pelo PIX e WhatsApp 71 99410-6856 (Everton M J Santos)– ou, na porta, por R$ 25. O espaço é sujeito a lotação.

Na Casa Dingo Dingo, no Santo Antônio Além do Carmo, o Bucha de Terno, em um gesto de reverência, revisita as obras de grandes mestres sambistas | Foto: Divulgação

sábado, 21 de setembro

Mamma mia! Se o assunto é aperto dos bons, é chegada a hora de matar a saudade do fuzuê da Festa de San Gennaro! O fervo dura o dia inteiro, das 10 às 22 horas. A fatia da Itália em pleno Rio Vermelho é deliciosa em um vasto sentido: pela comida, obviamente, com 15 restaurantes locais de gastronomia italiana, e também pela música de alta qualidade, tal qual o rango. Esta quinta edição se orienta pelo tema “Samba da Bahia”, e faz um tributo ao exímio Nelson Rufino, autor de canções queridas como “Todo Menino é um Rei” e “Verdade” e “Se Tivesse Dó”. Ele mesmo, em carne e osso, vai soltar a voz no evento.

Illy, Luciano Salvador Bahia, Mazzo Guimarães, Juliana Leite (vocalista do Bailinho de Quinta) e a Batifun com o projeto “Batifun Convida” –recebendo convidados especiais, como Ju Moraes (recém-chegada do Rock in Rio, onde se apresentou com a sua Sambaiana) e Juliana Ribeiro– também animam a festança, que tem curadoria da agitadora cultural Rose Lima. Veja aqui a programação, que é gratuita, tim-tim-por-tim-tim.

Chame gente! Cerca de 15 mil pessoas são aguardadas nas 12 horas de evento | Foto: André Fofano/Divulgação

Pensou em dar um respiro da multidão ou simplesmente caminhar para ajudar na digestão? Dê um pulinho no Largo da Mariquita, e aproveite para saudar a chegada da nova estação em alta envolvência. O Festival da Primavera abre espaço para artistas baianos em franca ascensão: a big band Afrocidade, que convida Nêssa, e o rapper Zé Atunbí, que, por sinal, é ex-vocalista do Afrocidade –dona de hits como “Baby Te Liguei” e “Que Swing É Esse”. Já Nêssa é a voz dos sucessos “Tara” e “Aquele Swing”. É 0800, e a quebradeira tem início às 17 horas.

Afrocidade, Nêssa e Zé Atunbí fazem a alegria da galera no palco do Largo da Mariquita, no Festival da Primavera 2024 | Fotos: Vulgo JR/Everton Carvalho/Deco Allmeida/Divulgação

Não deu para quem quis! Aos 70 anos de idade, ou melhor, aos “Bem Mais Que Meus 20 e Poucos Anos”, Fábio Jr. prova que bebe não só da fonte da juventude, mas também do sucesso absoluto. Com ingressos esgotados, o multiartista leva a turnê cujo fio condutor da narrativa é a sua trajetória, bordada de tantas surpresas. Para construir a linha do tempo, o espetáculo, com cenário moderno, adornado por LEDs, será dividido em blocos, passando por registros biográficos com imagens de acervo, discos de platina, cenas de novelas e a intimidade do artista, com material inédito. Aos sortudos que conseguirão aproveitar o show, atenção ao relógio: será às 19 horas, na Concha Acústica do TCA.

Àqueles que estiverem pela região do Campo Grande, nem tudo está perdido: no coração do largo, a partir das 18 horas, o Portal Black, de Marcia Short, e o Baile do Bem, às 2o horas, com Fernanda Abreu, Catia Guimma, Wil Carvalho, Paula Lima e Sergio Loroza, chegarão aos ouvidos e corações do público.

Estamos falando de uma noite de exaltação às vozes e aos artistas da MPB (Música Preta Brasileira). Márcia Short tocará releituras de músicas consagradas como “Zumbi”, “Crença e Fé” e “Respeitem Meus Cabelos Brancos” enquanto a turma do Bem se concentrará nas obras de Tim Maia e Jorge Ben Jor, com pérolas como “Festa de Santo Reis”, “Jorge da Capadócia”, e “Gostava Tanto de Você”. A entrada é gratuita!

Do outro lado da fronteira, em Lauro de Freitas, Thiaguinho levará “Sorte”, além das suas habituais ousadia e alegria. O cantor referência em samba romântico sobe ao palco do Armazém Convention às 20 horas.  A turnê revela uma outra face artística de TH: mais intimista, e com canções no estilo R&B e afrobeat, sem deixar faltar sons brasileiros de referência na história do artistas, naquele naipe de uma roda de samba e pagode. Há ingressos à venda, com valores entre R$ 145 e R$ 290.

domingo, 22 de setembro

Para ajudar a salvar o domingo (22), ainda em Lauro de Freitas, acontece mais uma etapa do Batuka Jazz Festival, no Parque Ecológico de Lauro de Freitas. Cedinho, a partir das 11 horas, a programação cultural, e plural, dá as boas-vindas às crianças, com uma Oficina de Percussão só para elas, conduzida pelo percussionista Anderson do Samba. Na sequência, às 13 horas, os pequenos desfrutarão de show de jazz também voltado a eles.

Depois, às 14 horas, a programação se estende aos adultos, com o Grupo Solista Qué Base fazendo uma sessão de afro jazz. E, por fim, às 15h30, a cantora Illy traz um punhado de samba ao ritmo que, não custa lembrar, tem raízes africanas assim como o jazz. Também não custa participar: a programação é inteiramente gratuita.

Solista Qué Base e Illy são algumas das atrações que demonstrarão as raízes negras do jazz no Batuka Jazz Festival | Fotos: Giorgio Donofrio/Carlos Davi/Divulgação

De volta ao solo de Salvador, com vista deslumbrante para a Baía-de-Todos-os-Santos, o grupo Fundo de Quintal vai festejar seus 45 anos de carreira, no projeto “A Cor do Samba”. Com o samba raiz corrente em suas veias artísticas, eles reconhecem quem veio antes e aplaudem o centenário do baiano Batatinha. E não para por aí! O grupo carioca chama o cantor Márcio Victor, do Psirico, para trazer mais baianidade à celebração.

Baianidade esta sentida também no paladar, já que a gastronomia do evento terá assinatura da chef Nara Amaral, capitã do Di Janela e do Provisório Bar. Será no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), a partir das 16 horas, bem a tempo de contemplar o sol se pôr e iluminar as águas. Os últimos ingressos podem ser comprados on-line, com preços entre R$ 100 e R$ 165.

Nascidos no berço do Cacique de Ramos, os cariocas do Fundo de Quintal vêm a Salvador receber os parabéns pelos 45 anos de carreira | Foto: Divulgação

A quem não troca seu “oxente”, pelo “ok” de ninguém, fique sabendo: este é o último final de semana para assistir Auto da Compadecida em sua versão teatral–que, a saber, é a original. A obra épica do dramaturgo paraibano Ariano Suassuna ganha um quê soteropolitano, no Teatro Faresi, e uma pequena alteração na estrutura do seu roteiro, que inicia pelo fim, ou seja, as personagens já começam mortas, no céu.

Assim, a trama se desenrola contando como elas chegaram ali e busca dar mais amplidão às peripécias dos dois anti-heróis, malandros e mentirosos, João Grilo e Chicó. Isso permite uma dilação no tempo e a criação de situações inusitadas, que estavam contidas no subtexto, e que agora dão mais vida e comicidade a um texto que, por si, já garante boas gargalhadas da plateia. É ou não é? Marcada para as 19h, a montagem é encenada também no sábado (22), e tem ingressos a partir de R$ 30.

Adaptada pela soteropolitana CTTB (Companhia de Teatro Terra Brasilis), a peça Auto da Compadecida ocupa o Teatro Faresi pelo último final de semana | Foto: Divulgação

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