O número de estrangeiros residindo em Portugal cresceu 33,6% em 2023, e já supera a marca de um milhão de imigrantes, ou seja, cerca de 10% da população total, conforme um relatório oficial divulgado nesta terça-feira (17), pela a Aima (Agência para a Integração, Migração e Asilo). No final do ano passado, o país registrou 1 milhão de estrangeiros vivendo legalmente em seu território, um aumento em relação aos 782 mil em 2022.
A nacionalidade brasileira continua sendo a maior comunidade estrangeira, com 368.500 cidadãos do Brasil, o que corresponde a 35,3% dos imigrantes no país, segundo a Aima, fundada no ano passado após a dissolução da antiga polícia de fronteiras. Na sequência, Angola e Cabo Verde, ambas ex-colônias portuguesas na África, ocupam a segunda e a terceira posições, com 55.600 e 48.900 imigrantes, respectivamente.
Entre os europeus, os britânicos são os mais numerosos (47.400), seguidos pelos italianos (36.200) e franceses (27.500). Os indianos (44 mil) e nepaleses (30 mil) também estão entre os dez principais grupos de imigrantes que escolheram Portugal como destino.
O governo português, de direita, decidiu em junho adotar uma postura mais rígida em relação à política migratória, que anteriormente era uma das mais liberais da Europa sob a administração socialista. Especificamente, revogou uma disposição em vigor desde 2018 que permitia a imigrantes solicitar a regularização ao demonstrar que trabalhavam há pelo menos um ano e contribuíram para a seguridade social, mesmo se tivessem entrado no país de forma ilegal.
