O preço médio de um rótulo muito bom de cachaça, bebida que carrega o DNA brasileiro, geralmente não ultrapassa os R$ 100. Mas você já imaginou desembolsar o valor de um carro de luxo por uma única garrafa? Pois é possível, e a responsável é a Velho Barreiro.
A tradicional destilaria lançou no ano passado a VB Platinum, que logo se tornou a cachaça de alambique mais cara do mundo, pelo valor de US$ 180 mil (R$ 1 milhão) a unidade.
O produto é preparado de uma forma especial. A começar pelo líquido, produzido artesanalmente em alambique, até reduzir seu teor alcoólico entre 39% e 40%. Depois disso, passa quatro anos em tonéis de madeira amburana, que lhe confere uma cor amarelada, sabor mais floral e caráter mais perfumado.
Mas o que realmente explica seu valor milionário está na parte externa. A garrafa de 700 ml tem nada menos do que 550 gramas de ouro rosé e é cravejada com 209 pedras brilhantes e diamante de 0,6 quilate. “É uma verdadeira obra de arte”, definiu César Rosa, CEO da Velho Barreiro, em entrevista à Forbes. Foi o executivo quem fez o desenho e pediu para um joalheiro de sua confiança, em Minas Gerais, fabricar a primeira unidade.
Por enquanto, quem quiser uma garrafa da VB Platinum para chamar de sua, precisa encomendar. A Velho Barreiro só fabrica a cachaça mais cara do mundo sob demanda, e não comenta se mais de uma unidade já foi vendida (ou produzida).
Essa não é a primeira vez que a destilaria faz algo do tipo. Em 2011, a edição especial do Velho Barreiro Diamond chegou ao mercado com apenas 60 unidades, a R$ 212 mil (R$ 440 mil hoje, corrigindo a inflação). Desenhada por uma fabricante francesa de cristais, a garrafa vinha com uma armação em prata e ouro cravejada por 211 brilhantes, além de um diamante de 0,70 quilate incrustado no centro.