Mário Cravo Júnior, um dos principais nomes da escultura moderna, está entre os artistas com obras expostas, a partir deste sábado (14), na Nonada ZN, galeria na Penha, no Rio de Janeiro. Além do baiano, Raylton Parga, Erick Peres, Manu Costa Lima e os artistas da exposição coletiva “Everything Tends To Ascend (Part II)”, no mezanino do espaço cultural, têm seus trabalhos em exposições simultâneas.
Embora distintas em suas abordagens, as obras apresentam diálogos e interseções que enriquecem o olhar sobre a produção artística contemporânea. As exposições abrangem uma ampla diversidade de mídias e expressões artísticas, de esculturas, relevos e fotografias a instalações site-specific e investigações conceituais que unem vídeo e performance.
“Mário, Cravo, Parga e Pedra” oferece uma oportunidade rara de ver reunidos dois artistas de diferentes gerações em um diálogo sobre a exploração da materialidade na escultura e em outras linguagens.
Conhecido por suas esculturas monumentais em madeira e metal, Cravo desenvolveu uma abordagem única que dialoga profundamente com a cultura popular baiana e suas raízes afro-brasileiras. Através de temas como identidade e ancestralidade, suas obras refletem uma busca por representações simbólicas que conectam o homem à natureza e à cultura local.
Já Raylton Parga traz uma produção contemporânea que, embora dialogando com o legado de Cravo Júnior, expande as possibilidades de experimentação com diferentes materiais. Nascido em Brasília em 1995, o artista em ascensão aposta em uma abordagem investigativa que mescla pintura, fotografia, cianotipia e esculturas tridimensionais. Utilizando materiais como papel, plástico e objetos encontrados, sua obra questiona os limites entre o efêmero e o permanente, e como esses elementos podem ser reconfigurados na arte contemporânea.
Nos demais espaços da galeria ainda estarão em cartaz a exposição “Erick Peres – Fim da Cidade”, com uma série de trabalhos do artista gaúcho, a mostra coletiva “Everything Tends To Ascend (Part II)” e a instalação “12”, de Manu Costa Lima, obra site-specific que transforma o galpão da Nonada ZN por meio da manipulação da luz.
As quatro exposições simultâneas propõem uma rica diversidade de diálogos entre a materialidade, a memória, a espacialidade e a transcendência e ficam em cartaz até 25 de janeiro de 2025. As mostras podem ser visitadas às quintas e sextas, das 12h às 17h e aos sábados, das 11h às 15h.
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