No ano passado, 97% dos destinos escolhidos pelos viajantes brasileiros foram dentro do país. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (13), são do módulo de Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE, em parceria com o Ministério do Turismo. De acordo com o levantamento, 20,4 milhões de brasileiros viajaram para destinos nacionais, injetando R$ 20 bilhões na economia do Brasil.
Pelo menos uma viagem foi registrada em 19,8% dos 77,4 milhões de domicílios visitados. A média foi superada no Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Paraná e Pará, com registros em mais de 22% das residências.
“Esses números só confirmam a potência do Turismo brasileiro. Estamos no caminho certo e vamos continuar trabalhando com o Programa Conheça o Brasil, ampliando a conectividade aérea, facilitando o acesso a crédito para a compra de passagens e pacotes turísticos e estimulando o Turismo cívico. Isso tudo para incentivar que o brasileiro visite o seu país”, destaca o ministro do Turismo, Celso Sabino.
Ainda segundo a pesquisa, a maior parte das viagens foi motivada por questões pessoais (85,7%), sendo o lazer o primeiro (38,7%), seguido por visita ou evento de familiares e amigos (33,1%). Entre aqueles que viajaram por motivos profissionais (14,3%), 82,4% se deslocou a negócios ou a trabalho, enquanto para 11,6%, o objetivo era participar de eventos e cursos para desenvolvimento profissional.
Entre os turistas nacionais, 46,2% buscou destinos de sol e praia, enquanto 22% procuraram natureza, ecoturismo ou aventura. Aqueles em busca de cultura e gastronomia representam 21,5% dos viajantes, um aumento em relação a 2021, quando eram apenas 16% dos turistas.
O estado com maior número de viajantes foi o Rio de Janeiro, com 55,1% da população partindo para viagens de lazer. Em seguida, vem o Distrito Federal, com 54%; São Paulo, com 48%, e Santa Catarina, com 45%. Na região Nordeste, Pernambuco ficou em primeiro lugar quando se fala em viagens realizadas pelos moradores, com 40,2%, e no Norte do país, Roraima, com 41,6%.
Gastos
A hospedagem foi responsável pela maior parte do investimento do viajante, com um valor médio de R$ 1.563. Depois, vem alimentação (R$ 621), transportes (R$ 544) e compras (R$ 523). A maior parte dos turistas (41,8%) optou em ficar em casa de parentes e amigos, no entanto.
O menor gasto de quem deixou seu ponto de origem foi no Nordeste: R$ 1.170. Mas, a região foi a que recebeu viajantes que mais investiram, com uma média de R$ 2.321.
