Volta de horário de verão é “possibilidade real, mas não um fato”, afirma ministro

Volta de horário de verão é “possibilidade real, mas não um fato”, afirma ministro

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Agência Brasil

Publicado em 12/09/2024 às 17:04 / Leia em 3 minutos

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a falar nesta quinta-feira (12), em São Paulo, sobre a possibilidade de retomada do horário brasileiro de verão, para melhor aproveitamento da luz natural em relação à artificial e a consequente redução de consumo de energia elétrica no país. Devido às implicações da medida no cotidiano dos brasileiros, o chefe da pasta entende que a decisão de adiantar os relógios em uma hora, em parte do território brasileiro, não pode ser tomada precipitadamente.

O horário de verão é uma possibilidade real, mas não é um fato porque tem implicações, não só energética, tem implicações econômicas. É importante para diminuir o despacho de térmicas nos horários de ponta, mas é uma das medidas, porque ela impacta muito a vida das pessoas”, reconhece Silveira.

Na ocasião, o titular do MME confirmou que determinou ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e a Secretaria Nacional de Energia Elétrica que se reúnam com o Operador Nacional do Sistema Elétrico para apresentar um plano de contingência para o verão de 2024/2025 e o planejamento energético do próximo ano. Ele considera que a economia gerada pelo horário de verão é importante para reduzir o despacho de usinas térmicas nos horários de pico de consumo, entre 18h e 21h, geralmente.

Por isso, no plano de contingência solicitado ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, o ministro disse querer informações sobre quais térmicas são da Petrobras, do setor privado e quais são as principais fontes das usinas que geram energia elétrica a partir, por exemplo, da queima de óleo diesel, combustível fóssil derivado do petróleo. O objetivo é manter o equilíbrio do setor elétrico brasileiro com segurança energética.

Demanda

Alexandre Silveira afirmou também que é necessária a geração de energia no país, porque a temperatura mundial tem subido e apresentou dados sobre o crescimento do consumo de energia. “O Brasil nunca tinha consumido, antes de setembro deste ano, 105 gigawatt [GW] em uma tarde. A média é 85 GW, o que demonstra que nós tivemos todos os ar condicionados do Brasil ligados e que a necessidade de energia, cada vez, mais oscila no Brasil.”

Para ele, o futuro energético passa pela economia verde. “Não há salvação fora da nova economia verde que considera a necessidade do desenvolvimento econômico; do capital ser remunerado com sustentabilidade; com o mais restrito respeito à legislação ambiental e frutos sociais para combater a desigualdade, que é uma realidade no nosso país”.

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