Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, ganha nova vinícola em 2026; aos detalhes

Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, ganha nova vinícola em 2026; aos detalhes

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion

Divulgação/Vinícola Vaz

Publicado em 11/09/2024 às 12:18 / Leia em 3 minutos

A Bahia ganhará uma nova vinícola até 2026, mais precisamente em Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, município que já conta com produtoras respeitadas como a Reconvexo, a Santa Maria e a Vaz. Esta última, inclusive, está envolvida no novo projeto, batizado de Cantina São Jorge, em parceria com a Miolo e a indústria de equipamentos Luvison.

“A unidade industrial da vinícola deverá ser construída em 2026, a partir dos resultados das primeiras colheitas. Inicialmente, utilizaremos as instalações da Vinícola Vaz para o processamento das primeiras uvas produzidas”, antecipou, com exclusividade ao Alô Alô Bahia, o empresário Jairo Vaz, fundador, em 2008, da vinícola que leva o sobrenome de sua família.

Eurico Benedetti, Francisco Schiochet e Jairo Vaz (agachado) são três dos 4 amigos envolvidos no projeto | Foto: Redes Sociais

As primeiras mudas de uva começam a ser plantadas em novembro, em uma área de 10 hectares (ha). A expectativa é de que, em 2 anos, já em 2026, os primeiros rótulos produzidos sejam lançados, trazendo em forma de vinhos o terroir da Caatinga na Chapada Diamantina.

“A escolha deste bioma é fruto de muitos estudos e observações, tendo por base a experiência da Vinícola Vaz na região de altitude na Chapada, como também as experiências das Vinícolas Miolo e São Jorge, na região semiárida do Vale do São Francisco”, explica Jairo, que conta com o conhecimento técnico em processamento de uvas da Luvison.

Área em vermelho, de 10 ha, recebe o primeiro plantio | Foto: Divulgação

A área escolhida fica numa altitude de 800 metros, com solos de excelente qualidade e que apresenta características climáticas muito apropriadas às uvas viníferas, como noites frias, dias ensolarados e baixa umidade na maior parte do ano.

Inicialmente, a aposta será pesada na variedade Malbec, cujas mudas já estão prontas, segundo Vaz. “Mas, complementaremos com as uvas Cabernet Sauvignon e Chardonnay, cobrindo uma área total de 20 hectares”, revela Jairo.

Eurico Benedetti, Francisco Schiochet,Jairo Vaz e Antônio Luvison | Foto: Acervo pessoal

O “Projeto Vinícola Cantina São Jorge na Chapada Diamantina” é uma iniciativa de 4 amigos que o mundo do vinho se encarregou de unir: além de Jairo, da Vinícola Vaz, Eurico Benedetti, da Miolo, e Antônio Luvison, da Indústria Luvison, se juntam a Francisco Schiochet, da Cantina São Jorge, fundada em 1966 em Antônio Prado, no Rio Grande do Sul.

Schiochet, ao vir para a Bahia, encerrou as atividades no Rio Grande do Sul e montou a Cantina São Jorge em Petrolina, no Vale do São Francisco, onde passou a produzir vinhos de mesa a granel. Apesar desta unidade ter sido vendida há cerca de 2 anos a uma empresa paranaense de sucos e vinhos, a família preservou a tradição vitivinícola com a marca “Cantina São Jorge”, que chega em breve a Morro do Chapéu, tida como a Capital do Vinho da Chapada Diamantina.

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