‘Mural da Liberdade’: Salvador ganha arte em defesa das baleias e de justiça para ativista

‘Mural da Liberdade’: Salvador ganha arte em defesa das baleias e de justiça para ativista

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion

Gabriel Nascimento

Publicado em 05/09/2024 às 10:50 / Leia em 3 minutos

Importante ponto de observação de baleias-jubarte na temporada de julho a outubro, quando a espécie busca as águas quentes da costa brasileira para reprodução, Salvador ganhou uma intervenção artística nesta quarta-feira (4), em homenagem ao capitão Paul Watson, que dedicou mais de cinco décadas de sua vida à proteção de baleias.

O mural, pintado pelo artista plástico Francisco Kleison, conhecido como KMJ, está exposto próximo à Ladeira da Gabriela, no percurso que liga o Vale do Canela ao bairro da Graça e é visto como um símbolo de esperança e luta, já que Watson, aos 73 anos, encontra-se preso na Groenlândia, por ordem do Japão, após diversas tentativas de salvar os animais aquáticos.

“O mural não é apenas um tributo, mas um apelo apaixonado por justiça e liberdade para Paul Watson, cuja dedicação inabalável em defesa da vida marinha merece ser reconhecida e honrada. A obra de KMJ é um grito visual, uma manifestação de amor pela natureza e um chamado à ação para todos nós”, reforçou Gegê Magalhães, ex-diretor de Turismo de Salvador, à frente da iniciativa ao lado de KMJ e do Projeto Baleia Jubarte.

Entenda o caso

Paul Watson está preso desde 21 de julho, aguardando uma decisão do Ministro da Justiça da Dinamarca sobre um pedido de extradição do governo japonês. O americano-canadense é suspeito de ter participado de uma ação que resultou em danos a um navio baleeiro do Japão há 14 anos. O protetor de baleias deve permanecer detido até 2 de outubro.

A polícia dinamarquesa entrou a bordo do barco do ativista assim que ele atracou em Nuuk, na Groenlândia, com um pedido de prisão do Japão expedido pela Interpol em 2012. Nathalie Gil, presidente da Sea Shepherd Brasil, entidade de proteção dos seres marinhos fundada por Watson, acredita que a detenção foi uma “emboscada” e reforçou que o nome dele, inclusive, foi retirado da lista de procurados no final do ano passado.

Incluir Paul Watson em uma lista de criminosos é uma inversão de valores, porque o Japão segue desacatando um tratado internacional e caçando baleias, juntamente com a Islândia e a Noruega. O que deveria ser considerado ‘crime’ aos olhos da lei: proteger as baleias ou matá-las?”, questionou Gil à coluna Histórias do Mar, do UOL.

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