Antropólogo francês vem a Salvador para lançamento de livro inspirado na trajetória do Ilê Aiyê

Antropólogo francês vem a Salvador para lançamento de livro inspirado na trajetória do Ilê Aiyê

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Divulgação

Publicado em 05/09/2024 às 11:19 / Leia em 2 minutos

O antropólogo francês Michel Agier, professor da École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, vai desembarcar em Salvador para lançamento do livro  “Ilê Aiyê: a fábrica do mundo afro”, que traz um recorte especial da história do Mais Belo dos Belos. O evento acontece no dia 9 de setembro, a partir das 19h, na sede do próprio Ilê Aiyê, no Curuzu, e contará ainda com a presença de Antônio Carlos Vovô, Arany Santana, a diretora do Centro de Estudos Afro-Orientais Jamile Borges e a antropóloga Maria Rosário Gonçalves de Carvalho, que assina o texto de orelha da obra. O encontro será marcado ainda por uma apresentação da Band’Aiyê.

Com mais de três décadas de familiaridade com o Ilê, Agier dedicou anos de pesquisa para entregar com riqueza de detalhes, dados e informações um arquivo sobre a trajetória do bloco que, em 2024, chega ao seu cinquentenário. Em homenagem ao legado de todos aqueles que fizeram parte deste marco, o resultado foi o livro “Ilê Aiyê: a fábrica do mundo afro”.

O que eu quero transmitir enquanto francês e antropólogo é que a importância do Ilê vai além do local, é uma importância cultural e política. O Ilê Aiyê teve um papel fundamental sobre o olhar que se tem sobre o povo negro, inclusive colocando em pauta a luta contra o racismo e a valorização de uma história própria de referência aos afrodescendentes não só da Bahia, mas do mundo todo. Recompus o dia a dia da preparação do primeiro carnaval desde o primeiro folheto de 1974, um arquivo histórico muito importante de um pequeno evento de jovens negros que brincavam no carnaval com essa ideia de África na Bahia e que se tornou referência tanto local quanto internacional”, comenta Michel.

Para colher entrevistas, relatos de vida de alguns membros e de mulheres associadas do bloco, o autor fez muitas visitas à Bahia. No decorrer das páginas, o autor analisa as condições que deram origem e viabilidade ao movimento, situando-as no contexto dos debates sobre raça, cultura e modernidade no país, ao mesmo tempo em que acompanha de perto os cinquenta anos de existência do bloco afro.

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