A última temporada de cruzeiros (2023/2024) no Brasil injetou R$ 5,2 bilhões na economia brasileira, segundo estudo divulgado nesta quarta-feira (28), durante o 6º Fórum Clia Brasil, realizado em Brasília (DF). Este é o maior impacto econômico da série histórica, iniciada na temporada 2004/2005.
O valor total é referente a gastos diretos, indiretos e induzidos, como os R$ 2,8 bilhões gerados pelas companhias marítimas e os R$ 2,4 bilhões resultantes dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades e portos de embarque, desembarque e trânsito.
De acordo com o levantamento, o setor gerou ainda R$ 556,9 milhões em tributos, nas três esferas, federal, estadual e municipal.
Além do impacto sem precedentes, a última temporada bateu recorde de pessoas embarcadas: 844 mil. Foram nove navios operando em 19 destinos no Brasil e América do Sul, promovendo 80 mil empregos diretos e indiretos no período, 0,9% a mais que na temporada anterior.
O gasto médio por pessoa com a compra da viagem – que dura, em média, 4,7 dias – foi de R$ 5.268,65. Em cidades de escala, cada cruzeirista gerou um impacto econômico médio de R$ 668,91. Já nas cidades de embarque e desembarque, o valor foi de R$ 877,01.
Dos cruzeiristas da temporada, quase 92% pretendem realizar uma nova viagem de cruzeiro e 87% querem retornar a destinos visitados durante a viagem. Dos viajantes, 66,1% realizaram sua primeira viagem de cruzeiro, enquanto os 33,9% restantes já haviam viajado anteriormente, com média de quatro viagens.
O litoral do Nordeste está entre os destinos preferidos no Brasil, citado por 66,2%. Em termos de cruzeiros internacionais, 41,8% preferem o Caribe e 36,8%, a Europa, e em termos de perfil demográfico, 60,8% dos cruzeiristas são mulheres e 61,4% são casados ou vivem em união estável. A maioria (98,9%) viaja acompanhada, principalmente por filhos e parentes (51,9%), cônjuges (24,7%) e amigos (19,5%).
Ano passado, o setor de cruzeiros atingiu 31,7 milhões de passageiros mundialmente, número de 7% acima do registrado em 2019. Até 2027, a expectativa é alcançar 40 milhões de cruzeiristas por ano, com uma frota global de mais de 300 navios.