Plantio de restinga cultivada em viveiro recupera verde da orla de Salvador

Plantio de restinga cultivada em viveiro recupera verde da orla de Salvador

Redação Alô Alô Bahia

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Jefferson Peixoto

Publicado em 27/08/2024 às 15:41 / Leia em 2 minutos

A Prefeitura de Salvador anunciou, nesta terça-feira (27), que uma iniciativa desenvolvida pela Secretaria de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis) vem recuperando a vegetação em trechos à beira-mar da cidade.

Segundo a prefeitura, plantas nativas de áreas litorâneas estão sendo reintroduzidas, revitalizando uma paisagem que, ao longo do tempo, foi prejudicada pela presença humana. Na orla de Pituaçu, por exemplo, foram realizados 3.360 m² de plantio de salsa-da-praia, uma espécie de planta rasteira com flores rosas que ajudam a proteger a costa.

Além disso, foram plantados 2.820 m² da mesma espécie em outros trechos do bairro, assim como bromélias, guapira pernambucensis, clusia nemorosa e eugenia microphylla. As orlas de Boca do Rio, Jaguaribe e Piatã também estão ganhando mais vegetação.

Na prática, ampliar esse plantio tem permitido que espécies de animais e outros vegetais cresçam e se reproduzam, ajudando na manutenção do ecossistema da capital baiana, além de servir como barreira natural para prevenir erosões – um problema que afeta cerca de 60% dos 10 mil km de extensão da costa do país.

Cultivo – As plantas que estão revitalizando o litoral da capital baiana são cultivadas no Viveiro Municipal de Restinga, localizado em Praia do Flamengo. O espaço, inaugurado em dezembro de 2023, tem a capacidade de produzir anualmente 36 mil mudas de diversas espécies.

“Na Praia do Flamengo, em um dia de sol, por exemplo, é possível observar as tartarugas, e a restinga também auxilia no deslocamento delas, que utilizam essa área para fazer seus ninhos. Antes, a população costumava invadir essa parte da praia com carros, bicicletas e outras atividades de lazer, e a vegetação de restinga era retirada”, comenta Ivan Euler, titular da Secis.

“Acreditava-se que essa vegetação não tinha influência no ecossistema, mas, na verdade, ela é fundamental para a fixação das dunas. Se não houvesse a restinga, a areia estaria invadindo as casas, calçadas e vias. Com a vegetação, isso não acontece”, acrescenta o gestor.

 

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