Instalada em Salvador, no edifício Bráulio Xavier, na Rua Chile, a Galeria Galatea ganhará, ainda este mês, uma nova unidade em São Paulo. Enquanto na capital baiana o espaço cultural ocupa o prédio famoso por ter, em sua lateral, o painel “A Colonização do Brasil”, de Carybé, na capital paulista, ela terá novo espaço no icônico Edifício Thaís (foto principal), projetado em 1978 pela arquiteta Maria Luiza Correa.
A nova sede do equipamento artístico, que manterá seu espaço já consolidado na Oscar Freire, será instalada em um espaço de 430 m², que ocupará tanto o térreo quanto o primeiro andar da construção icônica da arquitetura brutalista, a partir do dia 29 de agosto.
Com reforma conduzida pelo escritório Kas Arq e paisagismo de Paula Bergamin, o local abrigará um salão expositivo, uma view room, escritório e acervo, inaugurados com a exposição “Montez Magno: entre Morandi, Nordeste e Tantra”, mostra individual do artista pernambucano falecido em 2023.
Na coleção expressiva, as 52 obras de Montez – divididas nas duas unidades paulistas da galeria – refletem sua trajetória, reconhecida pela fusão de elementos da cultura popular nordestina com experimentações geométricas e conceituais.
“Cada local atrai um tipo de exposição: o novo é intimista, enquanto o da Oscar tem pé-direito alto e acomoda trabalhos mais escultóricos”, descreveu Tomás Toledo, um dos sócios, em entrevista à Veja. “O bairro tem um hub de galerias importantes. Escolhemos esse prédio por já conhecê-lo e por chamar atenção pela arquitetura”, completou Antonia Bergamin, também sócia, ao lado de Conrado Mesquita.
Em Salvador, a Galatea está com sua segunda exposição – “Bahia Afrofuturista: Bauer Sá e Gilberto Filho” – em cartaz até 28 de setembro.