Os ingressos para “Torto Arado – Musical”, espetáculo inspirado no best-seller homônimo do escritor baiano Itamar Vieira Jr., podem ser adquiridos a partir desta quarta-feira (21), através da plataforma Sympla, com preços que variam entre R$ 20 e R$ 120. A adaptação do clássico literário faz curta temporada entre os dias 13 e 29 de setembro, no Teatro Sesc Casa do Comércio, em Salvador.
Com direção geral de Elisio Lopes Junior, o espetáculo tem duas horas de duração e conta com 22 profissionais em cena, sendo seis músicos e 16 atores, que prometem emocionar e encantar o público. O grande destaque do elenco fica por conta da cantora e apresentadora Larissa Luz, que interpretará Bibiana, uma das heroínas da trama. Ao lado dela, a atriz, cantora, compositora e teatróloga Bárbara Sut viverá sua irmã, a Belonisia. E, juntas, darão vida às netas de Donana, papel interpretado por Lilian Valeska.
A trama mergulha na cultura popular brasileira e em um universo repleto de seres encantados para contar a história de Bibiana e Belonísia, duas irmãs que vivem em uma fazenda no sertão da Chapada Diamantina, na Bahia. Na adaptação teatral, uma nova personagem também protagoniza a cena, em relação à história original, a avó, Donana. A obra coloca em pauta questões como escravidão moderna, racismo, resistência, sobrevivência, disputa de terra, bem como o universo da fé, magia, poesia e religiosidade.
Elisio Lopes Junior, que também assina a dramaturgia ao lado de Aldri Anunciação e Fábio Espírito Santo, adianta o que o público pode esperar do espetáculo: “A nossa ideia é fazer um espetáculo com o olhar de quem é de dentro, é preto, nordestino e tem vivência sobre a história que está sendo contada. Tenho a tranquilidade em dizer que essa história está sendo montada no lugar certo e com as pessoas que desejam estar nesse palco contando essa saga. E sei que não estamos falando de um projeto unânime, unilateral, é um livro muito querido. Torto Arado pode dar origem a muitos outros espetáculos, com outros enfoques e leituras. A nossa é apenas uma das possibilidades, mas com certeza, a mais bonita e coerente que conseguimos enxergar”, destaca.
Responsável pela Direção de Movimento do espetáculo, o diretor e coreógrafo Zebrinha ressalta a importância do movimento que será visto durante o espetáculo, baseada no Jarê – religiosidade do povo que permeia toda a trama. “O que estou tentando fazer com a estética e o vocabulário do movimento no espetáculo é tornar contemporânea essa visão e apresentar o que há de mais bonito e mais plásticos dentro dos rituais do Jarê”, comenta o profissional. Já a direção musical e as composições são assinadas por Jarbas Bittencourt, que aposta em interpretações e sonoridade totalmente brasileiras, como foco nos ritmos e dinâmicas nordestinas e ligadas ao cancioneiro do sertão nordestino.