Dirigido por baianas, documentário sobre presença negra no vôlei brasileiro é gravado em Paris

Dirigido por baianas, documentário sobre presença negra no vôlei brasileiro é gravado em Paris

Redação Alô Alô Bahia

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Redação, com informações do g1

Arquivo Pessoal

Publicado em 27/07/2024 às 12:22 / Leia em 2 minutos

As diretoras baianas Onisajé e Susan Kalik chegaram a Paris na última quarta-feira (24) para iniciar as gravações do documentário “Black Point”. O filme aborda a crescente participação de jogadores negros no vôlei brasileiro, destacando que atualmente há 12 atletas negros nas equipes masculina e feminina de vôlei de quadra e de praia.

O projeto, idealizado pelas diretoras desde a adolescência na década de 90, tem raízes na paixão delas pelo esporte. Susan fazia parte do time de vôlei da escola, enquanto Onisajé acordava cedo para assistir aos jogos das seleções nas Olimpíadas.

“O empretecimento do vôlei corresponde a um processo profundo de pertencimento, identidade e conexão racial e cultural entre esses atletas pretos e a maioria da população brasileira”, explicou Onisajé, ao g1.

Em 2023, o sonho adolescente tomou forma e o documentário começou a ser produzido. Acompanhando o período pré-olímpico e a Liga das Nações, “Black Point” contará com a participação de figuras como a apresentadora Márcia Fu e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, ambas ex-jogadoras de vôlei.

Durante os sete dias em Paris, Onisajé e Susan acompanharão os atletas na vila olímpica, treinos e jogos. Elas assistirão às partidas do vôlei de quadra feminino entre Brasil e Quênia, do vôlei de quadra masculino entre Brasil e Polônia, e do vôlei de praia masculino entre Brasil e Austrália.

Estar em Paris para gravar o documentário é uma homenagem aos pioneiros do esporte. Onisajé destacou, em entrevista ao jornal, a importância de celebrar e promover a diversidade em um esporte ainda elitista e predominantemente branco: “Num esporte ainda tão elitista e branco como o vôlei, é importante difundir e perenizar o quanto é necessário potencializar as diversidades”.

O projeto “Black Point” ainda está na fase de pesquisa documental e não tem data de lançamento prevista. Este é o quinto longa-documentário da Modupé Produtora, que já lançou “Cores e Flores para Tita”, dirigido por Susan Kalik, “O Primeiro Beijo”, dirigido por Urânia Munzanzu, “IJÓ DUDU, A Memória da Dança Negra na Bahia”, dirigido por Zebrinha, e “Bando, um Filme de:”, dirigido por Thiago Gomes e Lázaro Ramos.

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