O Prêmio Mulheres Negras contam suas histórias chega a sua 12ª edição hoje (25) e terá abertura de Jau a partir das 18h. O evento, realizado pela Associação de Terreiros da Bahia Egbé Axé, tendo como um dos apoiadores a Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), reconhece e celebra a força, a trajetória e o impacto de mulheres negras em suas comunidades e na sociedade.
O evento marca também as ações pelo Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
A celebração será no salão nobre da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, no Terreiro de Jesus, Pelourinho. O acesso será mediante doação de 400 gramas de leite em pó e está sujeito à lotação. Além de Jau, participam das apresentações de abertura o grupo Ogãs Unidos, com toque de atabaque em referência aos orixás, Babazinho de Oxaguian, Zuleica Gonçalves, Genny Dantas e o grupo de samba Kangerê de Sinhá.
Na ocasião, 12 mulheres negras serão homenageadas pela atuação e impacto que geram na vida das pessoas e da comunidade, órgão ou entidade no qual atua. A premiação busca valorizar a mulher negra e construir uma sociedade mais justa e igualitária. As mulheres homenageadas receberão um troféu inspirado na entidade negra feminina e idealizado pelo produtor cultural Nego Pimentel. A estimativa é de que 300 pessoas participem da premiação.
“Esse prêmio vem para enriquecer, empoderar, mobilizar e dizer à sociedade que a mulher preta tem o seu lugar, que nós estamos aqui fazendo esse prêmio, porque antes de mim vieram muitas outras. Eu só tenho que agradecer à ancestralidade por estar neste local de poder reverenciar as nossas mulheres em vida e dar exemplo às nossas jovens para dizer que podemos chegar a algum lugar, estamos em algum lugar e estamos sempre nos locais que podemos estar de relevância à mulher preta. Essa é a importância dessa premiação”, afirma Mãe Diana D’Oxum, presidente da Associação de Terreiros da Bahia Egbé Axé.
O prêmio começou depois de uma violência doméstica que Mãe Diana sofreu. “Quando eu retornei para a minha casa, eu fiz uma ação social de uma semana na Liberdade, reunindo alguns órgãos para acolher mulheres na saúde e nos Direitos Humanos. No último dia da ação, fizemos uma homenagem a algumas mulheres da comunidade e a partir daí surgiu o prêmio Mulheres Negras contam suas histórias”, conta.