As lojas de atacado deram um salto de 26,5% na Bahia. Em um ano foram abertos 2.087 novos estabelecimentos comerciais desse tipo no estado, e o setor passou de 7.881 para 9.968 lojas.
Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), entre 2021 e 2022, e foi divulgada nesta quinta-feira (25).
O setor atacadista também gerou 3.861 novos postos de trabalho. Entre 2021 e 2022, o número de trabalhadores subiu de 64.459 para 68.320, alta de 6%. O atendente André Nascimento, 25 anos, é uma das pessoas que entrou para engrossar essa lista. Recentemente ele conseguiu emprego em um supermercado atacadista em Salvador.
“Estou muito contente. A remuneração não é muita, eles estão pagando um salário mínimo, então, quando tem os descontos não sobra muito, mas é um trabalho. Minha carteira foi assinada”, disse.
A receita bruta do segmento de atacado pulou de R$ 98,6 bilhões para R$ 125,6 bilhões no estado, em um ano, foi 27,4% de aumento ou R$ 27 bilhões a mais. A supervisora do IBGE, Mariana Viveiros, explicou que o setor de atacado está em crescimento na Bahia desde 2019, com novas loja e mais empregos, e que não desacelerou nem mesmo durante a pandemia.
“Não foi um segmento muito afetado pela crise conjuntural da pandemia, que foi muito dura com o varejo. É um segmento mais estável. Ele já esteve melhor em número de empresas, em 2016, mas vem em uma tendência de crescimento desde 2019, além de ser menos vulnerável a crises”, explicou.
Além do atacado, a pesquisa avalia outros dois segmentos do comércio. No setor varejista houve fechamento de 3.612 lojas (-5%) e de 1.868 postos de trabalho (-0,5%). O setor de veículos, peças e motocicletas registrou encolhimento de 101 lojas (-1,5%) e aumento de 1.077 trabalhadores (2,8%). Os dois setores tiveram aumento de 12% na receita bruta.