Remédio injetável apresenta 100% de eficácia na prevenção do HIV, aponta estudo

Remédio injetável apresenta 100% de eficácia na prevenção do HIV, aponta estudo

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga, com informações do G1

AP via Business Wire

Publicado em 24/07/2024 às 13:55 / Leia em 2 minutos

Um estudo divulgado pela renomada revista científica “New England Journal of Medicine” aponta que o antirretroviral lenacapavir da Gilead Sciences apresenta uma eficácia geral de 100% na prevenção da infecção pelo HIV-1. A pesquisa envolveu mais de 2 mil mulheres cisgênero na Uganda e na África do Sul e também foi apresentada na 25ª Conferência Internacional sobre a Aids, que acontece em Munique, na Alemanha.

De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, os resultados com o medicamento injetável aplicado somente duas vezes por ano são animadores e oferecem uma esperança de acelerar os esforços para acabar com a Aids como ameaça à saúde pública até 2030. A meta faz parte da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Garantir o acesso global equitativo a novas tecnologias pode ajudar o mundo a se colocar no caminho para acabar com a Aids como uma ameaça à saúde pública até 2030“, afirmou Winnie Byanyima, Diretora Executiva do Unaids. O medicamento desenvolvido pela Gilead, batizado comercialmente de Sulenca, custa US$ 40 mil e é aprovado nos Estados Unidos, Europa e Canadá  apenas como tratamento, não como prevenção.

Outros estudos estão em andamento na Argentina, Brasil, México, Peru, África do Sul e Tailândia para verificar a eficácia do medicamento em homens que fazem sexo com outros homens, em pessoas trans e em usuários de drogas injetáveis.

É um avanço revolucionário com um enorme potencial para a saúde pública. Se aprovado e disponibilizado de forma rápida, acessível e justa para aqueles que precisam ou desejam, essa ferramenta de longa duração pode ajudar a acelerar o progresso global na prevenção do HIV”, destaca Sharon Lewin, presidente da Sociedade Internacional de AIDS, em comunicado.

Em 2022, o Brasil registrou 10.994 óbitos tendo o HIV ou Aids como causa básica. Deste total, 61,7% foram pessoas negras. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2007 e junho de 2023, foram notificados 489.594 casos de infecção pelo HIV no Brasil. A maior incidência é entre homens e na faixa etária entre 25 e 39 anos.

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