Uma semana após a morte de Chico Moreira, o futuro do restaurante Porto Moreira, no Dois de Julho, segue indefinido. Fechado desde julho de 2023, o restaurante está vazio e a filha de Chico, Cristina ainda organiza os objetos que guardam a memória do espaço.
Segundo o jornal Correio, Cristina faz visitas regulares ao restaurante com medo da violência da região. Muitos objetos foram levados para a casa dela e estão encaixotados. No restaurante, restaram mesas, pratos, copos, xícaras e talheres. Ainda há algumas panelas e suportes de garrafas de cerveja, além de um botijão de gás de 45 kg cheio.
Cristina ainda quer levar o legado da família. Antes da morte do pai, ela chegou a propor abrir um restaurante menor, em outro espaço, mas ele não quis. “Cheguei a propor a ele que abríssemos outro restaurante, menor, em outro local. Mas ele não queria sair de casa de jeito nenhum. Foi aí que fiz a proposta de montar um delivery, mas nem assim meu pai se animou muito”, diz Cristina.
No entanto, ela confirma que quer dar seguimento à ideia do delivery. O esquema funcionaria na casa dela, recebendo pedidos para o dia a dia e também encomendas. A cozinha seguiria o modus operandi do Porto do Moreira e o nome permaneceria. “Mas faríamos uma redução no cardápio porque era uma das coisas que eu conversava com meu pai. Eram muitos itens e ele se recusava a cortar”, acrescenta Cristina.
Além do serviço de delivery, a filha planeja também onde vai depositar as cinzas do pai e onde será a missa de um mês. “As cinzas eu quero levar perto da Igreja do Senhor do Bonfim, talvez na Ponta de Humaitá porque ele adorava praia. E a missa, que deve ser no dia 12 de agosto mesmo, está sem local definido, mas quero fazer porque foi tudo muito rápido e muitos amigos não conseguiram se despedir”, finaliza Cristina.
*As informações são do jornal Correio