Restaurar os recifes de corais da Baía de Todos-os-Santos (BTS), promovendo um desenvolvimento mais sustentável e aumentando a resiliência do ecossistema. Esse é o objetivo da parceria que foi discutida em reunião entre o presidente da Autoridade Portuária da Bahia- CODEBA, Antonio Gobbo, e o presidente da startup Carbono 14, José Roberto Caldas, mais conhecido por Zé Pescador, na última sexta-feira (12), na sede da autoridade portuária.
Neste primeiro momento será realizado o diagnóstico e, em seguida, o trabalho de controle e monitoramento nos três portos da Bahia: Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus. O método inovador consiste na utilização do Coral-sol, espécie considerada invasora na região, como base na produção de sementeiras para cultivo do coral nativo.
A autoridade portuária é filiada à rede global de sustentabilidade do Iclei – Governos Locais pela Sustentabilidade, organização que conta com cerca de 2.500 governos comprometidos com o desenvolvimento urbano sustentável. O ICLEI busca oportunidades que tragam impactos positivos para a qualidade de vida das pessoas, a prosperidade em equilíbrio com o meio ambiente.
“A CODEBA, que recebe navios de todo o mundo, irá se tornar pioneira no apoio de projetos de impactos socioambientais, como esse de recuperação dos ecossistemas, através do controle e o monitoramento dos recifes de corais, que vai garantir também a segurança alimentar e o sustento de grupos que vivem da pesca e do marisco”, explicou Zé Pescador.
“Essa parceria é aderente ao acordo de cooperação técnica que está sendo firmado com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, que prevê o desenvolvimento de projetos ligados à cultura oceânica e a regeneração do patrimônio natural marinho, incluindo a conservação do ecossistema e a preservação de cetáceos”, pontuou Gobbo.
Década dos Oceanos
A parceria entre a Autoridade Portuária da Bahia (Codeba) e a Carbono 14 está alinhada com a Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que compreende o período entre 2021 e 2030.
“Os corais do mar, que fazem uma barreira de proteção na nossa costa marinha, representam as árvores para as florestas, no que se trata de sequestro de carbono. Quando cuidamos dos nossos recifes, que fazem a proteção das nossas costas, estamos também realizando uma ação de enfrentamento às mudanças climáticas”, completou Zé Pescador.