O ex-presidente e candidato à reeleição para a Casa Branca, Donald Trump disse que “deveria estar morto” ao comentar o atentado que sofreu no sábado (13), durante um comício eleitoral na cidade de Butler, na Pensilvânia.
A declaração de Trump foi feita no fim da noite de domingo (14) ao jornal New York Post, em sua primeira entrevista a um veículo de imprensa após a tentativa de assassinato.
A entrevista aconteceu a caminho de Milwaukee, onde começa nesta segunda-feira (15) a Convenção Nacional Republicana.
“O médico do hospital disse que nunca viu nada parecido com isso, ele chamou de milagre”, disse Trump, que estava usando um curativo branco grande e frouxo que cobria sua orelha direita.
A equipe do ex-presidente insistiu que nenhuma foto fosse tirada.
O candidato prometeu um discurso “totalmente diferente” do que havia planejado, retirando o foco das críticas ao governo do atual presidente Joe Biden e pedindo a união do país.
Registro Histórico
Trump também falou sobre a foto em que ele aparece levantando o punho e dizendo “Lute” três vezes enquanto os agentes tentavam tirá-lo do palco e colocá-lo em um SUV blindado.
“Muitas pessoas dizem que é a foto mais icônica que já viram”, disse Trump. “Eles estão certos e eu não morri. Normalmente você tem que morrer para ter uma foto icônica.”
Ele acrescentou: “Eu só queria continuar falando, mas acabei de levar um tiro”.
O médico do hospital local, que comanda um centro de trauma, teria dito ao ex-presidente que nunca viu ninguém sobreviver a ser atingido por um AR-15.
Corrida pela Casa Branca
Trump, de 78 anos, retorna à arena política nesta segunda-feira como a estrela da Convenção Nacional Republicana, que o confirmará como candidato para a eleição presidencial de novembro.
Ao New York Post, Trump disse que estaria reescrevendo o discurso que tinha preparado para o evento político.
“Eu tinha preparado um discurso extremamente duro, muito bom, sobre a administração corrupta e horrível”, disse ele, e de repente acrescentou: “Mas eu joguei tudo fora”.
O ex-presidente elogiou o trabalho do Serviço Secreto, que o protegeu e conseguiu abater o francoatirador, posteriormente identificado pelo FBI como um jovem de 20 anos. Além disso, Trump reforçou a ideia de que sobreviveu por um motivo – segundo ele, promover a união política dos EUA em um momento de grande divisão.
“Por sorte ou por Deus eu sobrevivi. Muitas pessoas estão dizendo que é por Deus que ainda estou aqui”, disse ele.