Pães de forma podem alterar bafômetro por alto teor alcoólico; entenda

Pães de forma podem alterar bafômetro por alto teor alcoólico; entenda

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações do Correio* e CNN

Krit of Studio OMG/GettyImages via CNN

Publicado em 11/07/2024 às 10:12 / Leia em 2 minutos

Alto teor alcoólico em pão de forma? Sim, pode acontecer, segundo um estudo feito pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, a Proteste, do grupo Euroconsumers, e divulgado nesta quarta-feira (10). Dez marcas populares de pão de forma vendidas em supermercados foram analisadas e seis apresentaram alto teor alcoólico, sendo prejudicial em especial para grávidas e bebês.

Visconti, Bauducco, Wickbold 5 Zero, Wickbold sem glúten, Wickbold leve, Panco, Wickbold, Seven Boys, Plusvita e Pulmann estão na lista das marcas analisadas. A Visconti tinha um teor de 3,37%, enquanto a da Bauducco 1,17%. Fazendo uma comparação simples, a cerveja Brahma Chopp tem 4,8%, ou seja, o pão de forma quase se iguala ao teor alcoólico da bebida.

A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor ainda verificou a incidência de algum motorista ser testado positivamente no bafômetro após comer duas fatias da Visconti, Bauducco, Wickbold 5 Zero e tiveram grande quantidade de teor alcoólico, podendo causar risco de embriaguez no bafômetro.

Após os resultados, a organização vai enviar a pesquisa para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para que os órgãos criem algum limite de teor alcoólico para os pães de forma.

Álcool no pão?

Sim, na fabricação de pães, forma-se de álcool etílico durante a fermentação da massa, mas ele costuma evaporar no forno. Os níveis encontrados na análise ocorreriam, então, em função da diluição de conservantes para evitar mofo e garantir a integridade do pão. “Embora a legislação brasileira permita o uso de algumas substâncias nos alimentos, é necessário que algumas normas sejam revistas para assegurar que o etanol residual não cause problemas aos consumidores”, destaca Henrique Lian, diretor executivo da Proteste.

Alô Alô Bahia no seu WhatsApp! Inscreva-se

Compartilhe