Conheça fundação que leva estudantes de baixa renda para Harvard e Yale

Conheça fundação que leva estudantes de baixa renda para Harvard e Yale

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Gilberto Barbosa, para o Correio*

Paula Fróes/CORREIO

Publicado em 11/07/2024 às 11:14 / Leia em 4 minutos

O sonho do intercâmbio faz parte da vida de diversos jovens que desejam explorar novas fronteiras e ter uma troca cultural a partir do contato com pessoas de outros países. Apesar disso, essa oportunidade não é oferecida de forma igualitária para todos os estudantes, sendo restrita a um pequeno grupo com condições de bancar os custos da experiência.

Foi pensando nisso que a jovem Dhena Pinheiro, 18 anos, criou a Brazilian Youth Academy (BYA), organização não-governamental que oferece mentoria para estudantes de baixa renda que vão participar de projetos acadêmicos fora do Brasil. No último mês, a fundação completou um ano de existência.

“Eu e Aloísio [Cavalcanti, co-presidente da BYA] começamos a construir a fundação em abril do ano passado e, em dois meses, lançamos a público. O nosso objetivo é democratizar o acesso a oportunidades internacionais para estudantes de escolas públicas de baixa renda, tanto aqueles que estão no ensino médio quanto pessoas que já se formaram e precisam de auxílio em alguma área em que oferecemos programas”, relata Dhena.

No começo, a empresa ofertava mentoria para os estudantes participarem de simulações da Organização das Nações Unidas (ONU), chamadas de Model United Nations (MUN), nas universidades de Harvard e Yale, nos Estados Unidos. Nesses encontros, alunos de todos os níveis de ensino, em diferentes países do mundo, interpretam diplomatas, congressistas e outras autoridades debatendo os problemas dos países designados a cada um deles.

“Esses eventos ocorrem em janeiro e tem pessoas do mundo inteiro durante até duas semanas nas universidades. O aluno lida com milhares de pessoas de todos os lugares, estuda e aprende sobre diplomacia, além de ter uma experiência internacional e de networking”, afirma a co-presidente.

A atuação da BYA se expandiu e atualmente seis tipos de mentorias são ofertadas para os estudantes: treinamentos para cursos de verão em universidades americanas, cursos de inglês e espanhol, intercâmbios, workshops, eventos sociais e parcerias em festivais de educação. Dhena conta que, apesar de ter base em Salvador, a organização tem atuação em todo o território nacional.

O número de alunos varia por modalidade: são quatro vagas para os intercâmbios, dez para a mentoria da MUN e 25 para os ‘Summer Camps’ e intensivos de inglês e espanhol. Ainda segundo ela, as primeiras turmas dos cursos de verão foram compostas por alunos que já haviam feito a mentoria das simulações da ONU e que novas turmas ainda serão abertas ao público.

“É essencial que o aluno estude ou tenha se formado em escola pública. Caso você tenha cursado em escolas particulares, mesmo como bolsistas, não será possível acessar as mentorias. Além da orientação, a viagem deles é custeada por nós e cobre toda a permanência no local”.

Ao todo, a equipe é composta por 32 voluntários que atuam divulgando o nome da instituição nos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Cerca de seis mil estudantes foram impactados pelas atividades da empresa, que inclui uma ação em parceria com a Prefeitura de Salvador para a realização de programas de treinamento com alunos da rede municipal, a partir do 8º ano do ensino fundamental.

“O Brasil é um país abundante em jovens com talento, conhecimento e vontade de fazer a diferença, mas que não conseguem por diversos motivos, sejam econômicos ou familiares. A BYA existe para passar esperança para as pessoas, olhar nos olhos e dizer que acredita nelas”, diz Dhena.

Quem quiser se inscrever em algum dos programas ofertados deve acompanhar as redes sociais da BYA, onde são divulgados os editais dos processos seletivos. Dhena conta que a abertura da seleção da mentoria para a MUN, em Harvard e Yale, está prevista para este mês, ainda sem data divulgada, com as aulas começando em agosto. “As modalidades abrem em sequência, conforme os editais em vigor são encerrados. A gente para entre novembro e abril porque estamos terminando as turmas e reestruturando o processo seletivo”.

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