Exportações baianas mantêm estabilidade no 1º semestre de 2024

Exportações baianas mantêm estabilidade no 1º semestre de 2024

Redação Alô Alô Bahia

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Redação

Ascom/SEI

Publicado em 09/07/2024 às 20:41 / Leia em 3 minutos

As exportações da Bahia mantiveram-se estáveis durante o primeiro semestre de 2024, atingindo um total de US$ 5,162 bilhões, um leve aumento de 0,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando totalizaram US$ 5,159 bilhões. Apesar de uma redução de 10,7% no volume embarcado, a valorização média de 12,7% dos produtos exportados compensou essa queda.

As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria de Planejamento (Seplan), com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Os resultados mensais das exportações oscilaram significativamente, com junho registrando vendas ao exterior de US$ 718,8 milhões. Destacaram-se o segmento de cacau e derivados, com um aumento significativo de 300% nas vendas, totalizando US$ 68,7 milhões, e o algodão, que registrou receitas de US$ 37,4 milhões, um crescimento de 147% em comparação ao ano anterior.

A valorização dos produtos da indústria extrativa, que aumentaram 73,5%, da indústria de transformação, com 10,3%, e dos produtos agropecuários, com 6,1%, foram os principais destaques das exportações no semestre, compensando a queda de 16,7% no volume exportado de produtos industriais.

A soja e seus derivados continuaram a liderar a pauta de exportações baianas, representando 36,8% dos embarques e totalizando US$ 1,13 bilhão, equivalente a 22% do total exportado pelo estado. No entanto, houve uma redução de 11,4% em comparação com o primeiro semestre de 2023, devido à queda média de 16,3% nos preços do grão.

Segmentos da agroindústria, como algodão, café, especiarias e derivados de cacau, também apresentaram desempenhos notáveis, com crescimentos de 282%, 59% e 82%, respectivamente, em relação ao ano anterior. Todos esses segmentos têm previsão de aumento na produção anual.

As exportações baianas para a China, principal destino dos produtos do estado, cresceram 14,2% no semestre, representando 26,2% das exportações totais. As vendas para a Ásia também aumentaram, embora em um ritmo mais lento de 6,6%, devido à redução nos embarques de derivados de petróleo. As vendas para a América do Norte cresceram 2,5%, enquanto para a América do Sul e Mercosul caíram 21,7% e 28,7%, respectivamente. A União Europeia registrou um recuo de 2,7%.

As importações da Bahia totalizaram US$ 5,55 bilhões no semestre, um aumento de 17,1% em comparação com o mesmo período do ano passado, impulsionadas principalmente por combustíveis e bens de consumo. O volume de bens importados cresceu 30,8%. Em junho, as importações aumentaram pelo quinto mês consecutivo, atingindo US$ 819,3 milhões, um crescimento de 29,1%.

O aumento das importações reflete uma atividade econômica mais robusta nos primeiros meses de 2024 e fundamenta projeções de investimentos para o segundo semestre. Grande parte do aumento das importações deve-se à compra de combustíveis, como petróleo bruto, nafta e gás natural liquefeito. Apesar da queda nos preços dos fertilizantes, os desembolsos aumentaram 1,04%, com um crescimento de 47,5% no volume desembarcado, principalmente da Rússia.

Contrariamente às exportações, os preços dos produtos importados caíram em média 10,4%, enquanto o volume de compras aumentou 30,8%. O saldo comercial do estado no primeiro semestre registrou um déficit de US$ 386,8 milhões, em contraste com um superávit de US$ 419,5 milhões no mesmo período do ano passado. A corrente de comércio atingiu US$ 10,7 bilhões, um incremento de 8,2% em relação ao ano anterior.

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