PF indicia Bolsonaro em caso das joias sauditas

PF indicia Bolsonaro em caso das joias sauditas

Redação Alô Alô Bahia

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Redação, com informações da Agência Brasil

Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 04/07/2024 às 18:41 / Leia em 3 minutos

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na investigação sobre a venda de joias sauditas presenteadas ao governo brasileiro e, posteriormente, negociadas nos Estados Unidos. Ele enfrenta acusações de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. Sua defesa afirma não ter tido acesso ao inquérito até o momento.

A investigação apurou o funcionamento de uma organização criminosa para desviar e vender presentes de autoridades estrangeiras durante o governo Bolsonaro. Entre os itens que foram desviados estão esculturas de um barco e de uma palmeira folhados a ouro, recebidos pelo ex-chefe de estado durante viagem ao Bahrein, em 2021.

Além de Bolsonaro, outras 11 pessoas foram indiciadas:

Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior, ex-ministro de Minas e Energia, por peculato e associação criminosa;
José Roberto Bueno Junior, ex-chefe de gabinete de Bento Costa, por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Julio Cesar Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal, por peculato, lavagem de dinheiro e crime funcional de advocacia administrativa;
Marcelo da Silva Vieira, capitão de corveta da reserva e ex-chefe do setor de documentação histórica da presidência no Rio, por peculato e associação criminosa;
Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência e delator, por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Frederick Wassef, advogado, por lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Fabio Wajngarten, advogado, por lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Marcos André dos Santos Soeiro, ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, por peculato e associação criminosa;
Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Mauro César Lourena Cid, general e pai de Mauro Cid, por lavagem de dinheiro e associação criminosa;
Marcelo Costa Câmara, coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por lavagem de dinheiro.

O inquérito, iniciado no começo do ano passado, foi finalizado e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (4). Agora, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte, solicitará uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR poderá apresentar denúncia contra os indiciados, devolver o inquérito à PF para mais investigações ou solicitar o arquivamento do caso.

Conforme regras do Tribunal de Contas da União (TCU), os presentes de governos estrangeiros deviam ser incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes, e não poderiam ficar no acervo pessoal de Bolsonaro.

No entanto, segundo as investigações, desvios começaram em meados de 2022 e terminaram no início do ano passado. As vendas eram encabeçadas pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid.

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