Operação Disclosure: Ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, é preso em Madri

Operação Disclosure: Ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, é preso em Madri

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com
Publicado em 28/06/2024 às 12:48 / Leia em 2 minutos

O ex-CEO da Americanas Miguel Gutierrez foi preso, nesta sexta-feira (28/6), em Madri, na Espanha, pela polícia espanhola. Gutierrez tinha mandado de prisão expedido pela Justiça brasileira desde quinta-feira (27/6). Com cidadania espanhola, ele estava no país desde o ano passado, seu nome foi incluído na difusão vermelha, a lista de foragidos internacionais da Interpol.

A Polícia Federal (PF) havia deflagrado na quinta a Operação Disclosure, contra as fraudes contábeis nas Lojas Americanas que, segundo as investigações, chegaram a R$ 25 bilhões. A ex-diretora Anna Christina Ramos Saicali também tem mandado de prisão em aberto. Ela está em Portugal e o seu nome também está na lista dos mais procurados do mundo.

Ainda não há informações sobre para qual prisão Gutierrez foi levado. O MPF pede a extradição do executivo. Os advogados dele negam a acusação.

Sobre o crime: As investigações apontam que os executivos alteravam resultados financeiros da Americanas, demonstrando um falso aumento de caixa  o que valorizava artificialmente as ações da companhia na bolsa de valores brasileira, a B3.

De acordo com as investigações da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), o ex-CEO da varejista é suspeito de ter participado das fraudes no balanço da companhia “desde o seu planejamento até a publicação dos resultados”. Os autos ainda afirmam que Gutierrez tentou blindar seu patrimônio antes que a fraude na Americanas viesse à tona, fazendo repasse de imóveis e valores para familiares, além da remessa de dinheiro para paraísos fiscais.

A Polícia Federal (PF) afirmou, em seu pedido de prisões e buscas e apreensões contra ex-executivos da Lojas Americanas, que a cúpula da empresa não “media esforços para enganar o mercado financeiro” por meio de fraudes contábeis que escondiam os resultados negativos da varejista e garantiam lucros aos seus diretores. “Documentos e planilhas eram falsificados, dívidas contraídas com os bancos eram escondidas do balanço e créditos inexistentes eram criados e lançados na contabilidade da companhia”, afirma a PF. Ao todo,14 pessoas são investigadas na operação.

 

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