Projeto de educação pela Capoeira criado na Bahia é vencedor de prêmio da Fundação Roberto Marinho

Projeto de educação pela Capoeira criado na Bahia é vencedor de prêmio da Fundação Roberto Marinho

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion, com informações d'O Globo

Divulgação

Publicado em 27/06/2024 às 09:47 / Leia em 3 minutos

O Instituto Cultural Bantu (ICB), criado em 2006 por Edielson Miranda, o Mestre Roxinho, natural da Ilha de Itaparica, foi o grande vencedor de mais uma edição do Prêmio LED. A iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho premiou seis projetos nacionais tidos como inovadores, da educação básica, da não formal e da profissionalizante.

Entre eles, está a organização sem fins lucrativos nascida na Bahia, que teve 54% dos votos populares e receberá R$ 200 mil do R$ 1,2 milhão destinados pelo prêmio. Com isso, seus educadores terão a oportunidade de transformar ainda mais vidas.

Os projetos foram selecionados por um conselho formado por professores, doutores e empreendedores, que analisou, entre outros detalhes, se os projetos buscavam soluções para problemas reais de maneira criativa, se transformariam a realidade dos participantes e se tinham potencial de serem replicados em outros territórios, multiplicando suas ideias e contribuindo para reduzir as desigualdades sociais.

No caso do Bantu, o projeto tem atuação atualmente, além da Bahia, em São Paulo e na Austrália, onde transforma a realidade de crianças de periferias através da capoeira. A instituição foi idealizada por mestre Roxinho a partir da sua própria história, depois de passar a maior parte da infância morando sob um viaduto.

O Instituto Cultural Bantu

O ICB nasceu da ideia do mestre de capoeira de usar o esporte para apresentar novas perspectivas de vida para jovens em situação de vulnerabilidade. Com a ajuda de voluntários, o Bantu chega também em escolas públicas e Centros de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, que acolhem menores infratores.

“Nosso instituto apresenta conceitos metodológicos que contribuem para a redução das desigualdades sociais, o aumento da concentração e o sentimento de felicidade e pertencimento por meio do ecossistema da Capoeira Angola”, conta Edielson, em entrevista ao jornal O Globo.

Seguindo ainda outras vertentes do ecossistema da cultura de matriz africana, o ICB atua nos campos da arte, da cultura e da educação, oferecendo também acesso a projetos de inclusão digital e à leitura. Além disso, dissemina a perspectiva do crescimento a partir do acesso a tecnologias e formação de jovens multiplicadores, o que amplia a visão de mundo dos participantes.

O ICB nasceu ainda como Projeto Bantu em 1998, certo do potencial da Capoeira Angola como ecossistema socioeducativo e psicossocial para a redução da desigualdade. Em Salvador, o projeto passou a atuar em diversos projetos da prefeitura e, em 1999, começou a viajar por outros estados. Hoje, além da Bahia e São Paulo, está presente nas escolas públicas do estado de Nova Gales do Sul, na Austrália, onde empodera centenas de jovens aborígenes e refugiados.

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