Balé Folclórico abre festejos do 2 de Julho com espetáculo em homenagem à coreógrafa Lia Robatto; saiba detalhes

Balé Folclórico abre festejos do 2 de Julho com espetáculo em homenagem à coreógrafa Lia Robatto; saiba detalhes

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Jefferson Peixoto / Secom

Publicado em 27/06/2024 às 17:22 / Leia em 3 minutos

O espetáculo “Aos Pés do Caboclo”, do Balé Folclórico da Bahia, abre a programação dos festejos do 2 de Julho deste ano em Salvador. A apresentação, inspirada na obra da coreógrafa Lia Robatto, será realizada no sábado (29), às 19h, com reprise no domingo (30), no mesmo horário, na Praça do Campo Grande. O fundador e diretor-geral da companhia, Vavá Botelho, conta que a ideia surgiu através do presidente da Fundação Gregório de Mattos, Fernando Guerreiro, que o convidou para montar um espetáculo comemorativo à data. “Aí ele veio com uma segunda proposta, de fazer alusão ao espetáculo criado por Lia Robatto nos anos 1970, chamado ‘Ao Pé do Caboclo’. Tive a sorte de assistir e era um espetáculo de dança contemporânea, com engajamento relativo à época que se vivia naquele momento”, diz.

De acordo com o diretor, o espetáculo começava no Teatro Castro Alves e finalizava no monumento na Praça do Campo Grande, passeando entre as pessoas, que interagiam livremente como parte do espetáculo. “E quando Guerreiro me passou a ideia, eu achei maravilhoso. “Teremos 110 artistas no palco e 20 pessoas na orquestra, com coletivos indígenas de diversos lugares do Brasil, povos originários como convidados, para fazer um grande espetáculo”, declara Botelho. Ele destaca ainda que Lia Robatto foi uma das pessoas que mais o inspiraram na carreira. “Pude não só assistir aos espetáculos dela, mas trabalhar com ela. Não vamos reproduzir o que foi feito nos anos 1970, porque é outra proposta, mas vamos homenagear Lia apresentando no mesmo lugar, aos pés do caboclo”, destaca.

 

Homenagem – A coreógrafa Lia Robatto não esconde a alegria com a homenagem. “Eu fiquei super feliz, tanto que, por coincidência, a gente está indo para um festival em Cuba no dia seguinte ao espetáculo, e me convidaram para fazer uma palestra sobre o ‘Ao Pé do Caboclo’, que eu fiz há quase 50 anos e que Vavá agora traz uma nova versão, à maneira dele. O 2 de Julho me inspirou a fazer o espetáculo por refletir a mestiçagem da Bahia, tanto étnica quanto cultural. Agradeço a Fernando Guerreiro, que sempre falou desse meu espetáculo, que foi impulsionador para ele quando adolescente, e foi quando ele decidiu fazer teatro”, diz.

O presidente da FGM destaca que, desde 2023, a fundação implementou no 2 de Julho a exibição de apresentações de dança e teatro. No caso de ‘Ao Pé do Caboclo’, a peça faz parte de uma trilogia de Lia Robatto, que fazia espetáculos em locais inusitados – este, especificamente, foi apresentado em novembro de 1977, mesma época em que o próprio Guerreiro começou o primeiro curso de teatro. “É uma homenagem em vida e também uma possibilidade de incentivar esses espetáculos na rua. Eu gosto dessa ideia de não acontecer em um palco, mas literalmente ao pé do monumento, sobre um tablado. Haverá povos indígenas, grupos folclóricos, banda da Marinha, será uma grande performance ao ar livre, com sonorização, iluminação especial de Irma Vidal e cadeiras para as pessoas assistirem sentadas”, detalha o gestor.

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