‘Aguidavi do Jêje’: há 20 anos na ativa, orquestra de atabaques leva show de álbum com Gilberto Gil para Inhotim e São Paulo

‘Aguidavi do Jêje’: há 20 anos na ativa, orquestra de atabaques leva show de álbum com Gilberto Gil para Inhotim e São Paulo

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

José Mion

Diego Bresani

Publicado em 26/06/2024 às 16:15 / Leia em 3 minutos

A orquestra de atabaques baiana “Aguidavi do Jêje”, cujo álbum homônimo foi disponibilizado nas principais plataformas digitais em novembro de 2023, lança oficialmente o trabalho fora de Salvador, com três shows, nos próximos dias.

O álbum, que conta com a participação de Gilberto Gil e Carlinhos Sete Cordas e está à venda no site da gravadora Rocinante, será apresentado em shows no Sesc Santos, na sexta-feira (28); Sesc Vila Mariana, no sábado (29) e domingo (30), e no Jardim Sonoro – Festival de Música Inhotim, no dia 14 de julho.

Luizinho do Jêje é fundador do projeto | Foto: Diego Bresani

Há 20 anos na ativa, a orquestra nascida em Salvador é liderada por Luizinho do Jêje e reúne grandes nomes da cena percussiva nacional, como Kainã do Jêje (Caetano Veloso e Maria Bethânia), Ícaro Sá (BaianaSystem), Tiaguinho Nunes (Bell Marques), Lucas Maciel (Baco Exu do Blues), Nem Cardoso (Orquestra Afrosinfônica), Raysson Lima (Carlinhos Brown e Os Filhos da Bahia). A maioria, inclusive, é integrante da Orkestra Rumpilezz.

Músicos da Aguidavi do Jêje em ação | Foto: Rafael Passos

O álbum

O álbum “Aguidavi do Jêje” apresenta sete canções inéditas, em atmosfera de festa e mistério capturada no próprio Terreiro do Bogum, no Engelho Velho da Federação, em Salvador, polo de resistência e de forte simbologia, por ter se envolvido ativamente na Revolta dos Malês, o maior levante de escravizados da história do Brasil. As faixas são apresentadas por vozes e uma orquestra de 16 percussões, que promovem uma “imensa festa bonita, ancestral e ultra-contemporânea”.

Foto: Rafael Passos

O álbum combina os atabaques, agogôs, caxixis, berimbaus, pandeiros e outros instrumentos percussivos com o violão e a viola de cabaça de Luizinho, seu fundador, que é diretamente influenciado pelo samba duro e pela chula baiana. A primeira faixa apresentada foi “Violão de Cabaça”, que fala sobre a capoeira e conta com a participação de Gilberto Gil.

Projeto em duas frentes

Desde a sua fundação, em 2004, o Aguidavi do Jêje entende-se em duas frentes: a Escola, trabalho educativo voltado para as crianças e a juventude em torno do terreiro, e o grupo musical, que, desde o começo, trabalha em composições próprias. Durante a pandemia, o projeto foi contemplado com o edital Natura Musical, que rendeu, entre outras ações, o álbum de estreia, lançado pelo selo Rocinante em formato digital e vinil.

O pequeno Ayan simboliza a permanência e futuro do projeto | Foto: Diego Bresani

Ouça o álbum:

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