Contadora de histórias faz performance no Senado contra procedimento de aborto

Contadora de histórias faz performance no Senado contra procedimento de aborto

Redação Alô Alô Bahia

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Divulgação

Publicado em 17/06/2024 às 16:41 / Leia em 2 minutos

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) convidou uma contadora de histórias para interpretar um texto contrário à assistolia fetal como método de aborto legal, nesta segunda-feira (17), durante a audiência no Senado Federal que debate o procedimento.

Nyedja Gennari, que nas redes sociais se identifica como contadora de histórias, escritora, professora e arte educadora, narrou em cerca de cinco minutos um texto fictício sobre um suposto feto no dia em que foi submetido ao procedimento de assistolia fetal.

“Essa história, embora trágica, dolorosa, é um chamado à reflexão para que todos compreendam a seriedade e as consequências do aborto”, disse, ao final da performance.

Nas redes sociais, antes da apresentação, Nyedja falou sobre a expectativa para o momento. “Um texto profundo, pesado, torçam por mim”, afirmou.

Procurada pela CNN, a assessoria do senador Girão confirmou que a equipe do parlamentar foi responsável pelo convite, e que a participação ocorreu de forma voluntária.

O que é assistolia fetal?

Método recomendado pela OMS, a assistolia fetal é uma injeção que interrompe os batimentos cardíacos do feto antes de sua remoção do útero. Também é colocado como a melhor prática de assistência a pessoas gestantes no aborto legal depois de 20 semanas em protocolos nacionais e internacionais de obstetrícia. Isso porque o método consegue preservar o psicológico de pacientes e profissionais de saúde, além de evitar desgaste emocional.

Em março, o CFM, Conselho Federal de Medicina, emitiu uma resolução em março deste ano para proibir médicos de aplicarem a assistolia fetal nos casos de interrupção de gestação avançada. No entanto, a resolução foi suspensa pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em maio. O ministro entendeu que o CFM “ultrapassou o poder regulamentar”.

Projeto do aborto

O debate ocorre em meio à polêmica do PL 1094/24, em discussão na Câmara dos Deputados, que propõe equiparar o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples. As informações são da CNN.

Veja vídeo:

 

 

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