Paris transforma prédios de escritórios em moradias públicas e amplia praças para combater crise habitacional

Paris transforma prédios de escritórios em moradias públicas e amplia praças para combater crise habitacional

Redação Alô Alô Bahia

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Divulgação

Publicado em 16/06/2024 às 15:11 / Leia em 2 minutos

Aos poucos, a cena urbana de Paris vem se modificando sem, contudo, deixar de trazer algo de sua tradição, como os pátios e jardins que desaceleram um pouco a rotina frenética de quem vive em uma metrópole. A mudança tem um norte: em 2022, a Câmara Municipal da capital francesa anunciou um ambicioso plano para aumentar a oferta de moradia pública na cidade, que deve chegar, em 2035, a 40%, sendo 30% dedicada à habitação social e 10% à intermediaria, destinada a jovens e à classe média.

Esta medida surge como resposta ao despovoamento da cidade, que tem perdido quase 10 mil habitantes por ano na última década, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Estudos Econômicos (INSEE). A tendência é impulsionada pelos elevados custos habitacionais, com o preço médio do metro quadrado próximo dos 10.000 euros.

Os primeiros empreendimentos dessa natureza já estão prontos ou em fase final, como o premiado Saint-Germain, um complexo com 254 unidades de habitação social, um centro desportivo e uma creche, assinado pelas agências François Brugel Architectes Associés e H2O, em nome da Agência Imobiliária da Cidade de Paris. Além do retrofit do antigo Ministério da Defesa francês – que uniu um prédio do século XVIII e um edifício da década de 1960 -, o projeto trouxe um grande jardim, aberto ao público durante o dia.

Outro projeto, construído pela agência R Architecture, tem como base o antigo quartel Minimes, um conjunto arquitetônico da década de 1920 situado no coração do bairro de Marais, transformado em um conjunto de habitações sociais, oficinas de artesanato e outros serviços municipais, em 2021.

Ainda em obras está um quarteirão que abrigava as instalações da comissão de trabalhadores da RATP (empresa de transportes público), além de um pequeno parque, que, após a reformulação, terá 91 novos alojamentos (48 sociais e 43 intermédios) e uma creche dispostos em quatro edifícios. O parque público, que dessa vez poderá ser acessado durante todo o dia, será ampliado de 6.500 para 9.000 metros quadrados). O projeto é da R Architecture, associada para a ocasião às agências NeM e Studio 84, foçadas na integração urbana.

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