Devoção a Santo Antônio começou na Bahia; Paróquia em Salvador foi a primeira dedicada ao português

Devoção a Santo Antônio começou na Bahia; Paróquia em Salvador foi a primeira dedicada ao português

Redação Alô Alô Bahia

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Antonio Dilson Neto

Sara Gomes/Arquidiocese de Salvador

Publicado em 13/06/2024 às 10:17 / Leia em 4 minutos

No dia 13 de junho, a Igreja Católica celebra a memória de Santo Antônio, um dos mais queridos pelos fiéis no país, especialmente no Nordeste. Das 22 dioceses e 4 arquidioceses da Bahia e de Sergipe, três possuem Santo Antônio de Pádua como padroeiro: Alagoinhas, Jequié e Ruy Barbosa.

No Brasil, a devoção ao santo português teve início na Arquidiocese de Salvador, há 430 anos. A Paróquia Santo Antônio Além do Carmo foi a primeira do país a ser dedicada a ele.

No templo há três diferentes imagens: a de Santo Antônio de Lisboa, a de Santo Antônio de Pádua e a de Santo Antônio dos Pobres.

História

Nascido em Lisboa, Portugal, em 13 de setembro de 1191, Santo Antônio é um dos santos mais populares da Igreja, sendo chamado por Leão XIII como o “santo do mundo todo”. Até hoje, o religioso detém o recorde de santo com a canonização mais rápida da história da Igreja Católica.

Filho de Martinho de Bulhões e de Teresa Taveira, Santo Antônio foi batizado no nascimento como Fernando. Ele nasceu em uma família rica e nobre de Lisboa, em Portugal. Ainda jovem, foi para a escola em Coimbra e entrou para a ordem de Santo Agostinho, quando foi ordenado sacerdote.

Foi neste mosteiro que os frades franciscanos do Convento Santo Antônio dos Olivais se hospedavam quando viajavam para converter muçulmanos em Marrocos, na África. Após os restos mortais desses religiosos, que foram martirizados na missão, voltarem para o sepultamento em Coimbra, o então padre Fernando sentiu um grande desejo de evangelizar Marrocos, e, por isso, em 1220 entrou para a Ordem dos Franciscanos, adotando o nome de Antônio, por ser este o titular do convento franciscano dos Olivais.

Ainda naquele ano, no mês de novembro, frei Antônio desembarcou em Marrocos, mas, devido a uma grave enfermidade foi reenviado para Portugal. No caminho, o navio passou pela Itália, desembarcando Antônio na Sicília e dirigindo-se para Assis, onde se encontrou pela primeira vez com São Francisco. Na oportunidade, Antônio e Francisco participaram de um Capítulo Geral da Ordem, que teve início em 20 de maio de 1221.

Frei Antônio foi nomeado, por carta, por São Francisco, como o primeiro “leitor de Teologia” da Ordem. O religioso passou três anos lecionando, pregando e fazendo milagres no sul da França – Montpellier, Toulouse, Lê Puy, Bourges, Arles e Limoges.

Frei Antônio dedicou-se a escrever os sermões das festas dos grandes santos e de todos os domingos do ano a pedido do Cardeal de Óstia, sempre saindo para pregações, por exemplo, durante a quaresma, até morrer, por uma hidropisia maligna (insuficiência cardíaca congestiva), na sexta-feira, 13 de junho de 1231.

A morte de frei Antônio ganhou grande repercussão e tantos foram os milagres confirmado por sua intercessão que, 11 meses após a morte, foi canonizado pelo Papa Gregório IX, um recorde que ainda não foi superado na história dos Santos.

Em 1263, quando o corpo foi exumado, sua língua estava intacta e continua dessa maneira até hoje, numa redoma de vidro, na Basílica de Santo Antônio, em Pádua, onde estão seus restos mortais.

Em 1946, o Papa Pio XII proclamou Santo Antônio ‘Doutor da Igreja’, com o título de ‘Doutor Evangélico’.

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