As internações por herpes-zoster tiveram um aumento de quase 70% na Bahia, entre 2022 e 2023, segundo dados do Ministério da Saúde. No total, foram 155 baixas hospitalares no estado no ano passado e 92, em 2022. No Brasil, as internações também cresceram. Em 2023, foram 2.537 casos, quase 30% a mais do que no ano anterior, quando foram registradas 1.961 hospitalizações.
Conhecida popularmente como cobreiro ou fogo selvagem, a herpes-zoster é causada pela reativação, na idade adulta, do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. A doença atinge, normalmente, um lado do corpo, com o aparecimento de pequenas bolhas cheias de líquido (vesículas) cercadas por uma área avermelhada e dolorida, que pode durar de duas a quatro semanas. A transmissão pode acontecer pelo contato direto com as vesículas cutâneas ou por secreções respiratórias. Normalmente, a cura pode ocorrer de forma espontânea, ou com o uso precoce de medicação antiviral.
Além disso, a vacinação pode prevenir complicações mais graves. O imunizante Shingrix, produzido pela farmacêutica britânica GSK, é indicado para pessoas a partir de 50 anos, especialmente para quem teve contato com o vírus no passado. Também é recomendável para pessoas com mais de 18 anos que possuem algum tipo de imunossupressão, a exemplo das que tiveram alguma infecção viral, como Covid-19; portadoras de comorbidades como HIV, esclerose múltipla, lúpus, câncer, diabetes etc; ou as que vão se submeter a transplantes.