Inteligência artifical pode ajudar planta mais antiga do mundo a se reproduzir

Inteligência artifical pode ajudar planta mais antiga do mundo a se reproduzir

Redação Alô Alô Bahia

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Redação

Universidade de SouthHampton

Publicado em 10/06/2024 às 20:10 / Leia em 2 minutos

Cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, precisam encontrar uma parceira para a planta mais antiga do mundo, a Encepahalartos woodii, que surgiu antes mesmo dos dinossauros. No entanto, hoje corre um grande risco de desaparecer. Isso acontece porque ela é também a planta mais solitária do planeta, o que dificulta (e muito) a sua reprodução.

Mas a inteligência artificial (IA) pode ajudar a reverter este cenário.

A IA está sendo usada para tentar encontrar, através de imagens capturadas por drones, uma parceira que possibilite a reprodução sexuada de um exemplar macho conhecido da planta.

Atualmente, o organismo se reproduz apenas de forma assexuada, o que gera clones idênticos. No entanto, este processo só cria novos machos, causando uma perda de diversidade genética.

Os pesquisadores explicam que os poucos exemplares existentes, que foram clonados, estão em jardins botânicos espalhados pelo planeta e a ausência de fêmeas conhecidas na natureza torna a reprodução sexuada natural inviável, pois impede a polinização cruzada..

O último exemplar “silvestre” da espécie foi encontrado, em 1895, na Floresta Ngoye, localizada na África do Sul e é justamente neste local que estão concentradas as buscas por uma fêmea.

Apelidada de “Tinder das plantas”, a iniciativa é pioneira no campo da preservação de espécies em risco de extinção e utiliza um algoritmo de reconhecimento de imagem.

Ao mesmo tempo, os drones cobrem grandes áreas da floresta. Equipados com um sensor multiespectral, eles capturam características além do que pode ser visto do alto a olho nu. Isso ajuda a distinguir se as plantas estão vivas ou mortas e identificar de forma melhorada as espécies.

Plano B

Apesar as áreas já pesquisadas da floresta ainda não apontarem um sucesso até o momento, os cientistas já pensaram em um plano B caso nenhuma espécie fêmea seja encontrada: mudar o sexo de uma planta macho.

As equipes do “Tinder virtual” também estão trabalhando em um projeto com o objetivo de investigar se é possível mudar o sexo da planta por meio de manipulação química ou fisiológica e, em seguida, gerar plantas a partir desse material.

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