Lei que cria selo de sustentabilidade para cultura do cacau é sancionada

Lei que cria selo de sustentabilidade para cultura do cacau é sancionada

Redação Alô Alô Bahia

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Reprodução/Unsplash

Publicado em 08/06/2024 às 11:56 / Leia em 3 minutos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que cria os selos verdes “Cacau Cabruca” e “Cacau Amazônia”. O objetivo da Lei 14.877, de 2024, é atestar a sustentabilidade, o interesse social e ambiental da cacauicultura brasileira. A norma foi publicada no Diário Oficial da União da quarta-feira (5). 

A nova lei teve origem no Projeto de Lei da Câmara (PLC) 64/2013, do deputado Félix Mendonça Júnior (PDT-BA), aprovado na Comissão de Agricultura ainda em 2021. Como a matéria sofreu alterações, retornou para apreciação final dos deputados, quando foi aprovada definitivamente no final de 2023.

O termo “Cacau Cabruca” faz referência ao modo de extração e cultivo da fruta, com baixo impacto ao bioma de Mata Atlântica. O selo verde “Cacau Amazônia”, faz reconhecimento aos métodos de produção da fruta na floresta amazônica.

Conforme o texto, o produtor de cacau poderá usar o selo da maneira como achar melhor, na promoção da sua empresa e produtos. Eles poderão ser concedidos ao cacauicultor que:

  • observar todas as leis ambientais e trabalhistas nacionais, estaduais e municipais;
  • cultivar o cacau na modalidade agroflorestal cabruca (sistema de produção em que o cacau é cultivado sob a sombra de espécies nativas da floresta original) no bioma da Mata Atlântica ou cultivar o cacau sob a forma de sistemas agroflorestais no bioma floresta amazônica, de modo a conservar a diversidade biológica e seus valores associados; e
  • explorar a atividade de maneira sustentável, desde que não descaracterize a cobertura vegetal existente e não prejudique a função ambiental da área.

Os selos Cacau Cabruca e Cacau Amazônia serão concedidos pelo órgão ambiental federal competente, a partir de solicitação do cacauicultor. Eles terão validade de dois anos, podendo ser renovados indefinidamente, mediante nova avaliação e vistoria do órgão ambiental.

Caso o produtor de cacau, durante o prazo de validade do selo, descumpra os critérios que autorizaram a concessão da certificação, o órgão federal competente deverá cassar o direito de uso.

Em relação as despesas decorrentes das análises e vistorias necessárias para a concessão dos selos, elas serão custeadas por parte do cacauicultor, pelo pagamento de preço público ou tarifa, conforme o caso.

Os critérios técnicos específicos para a certificação serão estabelecidos em regulamento.

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