Por unanimidade, STF torna Sergio Moro réu por calúnia contra ministro Gilmar Mendes

Por unanimidade, STF torna Sergio Moro réu por calúnia contra ministro Gilmar Mendes

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Lula Marques / Agência Brasil / Reprodução

Publicado em 05/06/2024 às 11:04 / Leia em 2 minutos

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu, nesta terça-feira (4), tornar réu o senador Sergio Moro (União-PR) pelo crime de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes. Em abril de 2023, o parlamentar foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República após o surgimento de um vídeo nas redes sociais. Na gravação, Moro aparece em uma conversa com pessoas não identificadas. Durante o diálogo, que teria ocorrido em 2022, Moro afirmou: “Não, isso é fiança, instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”. Com isso, segundo a PGR, o senador atribuiu falsamente a prática do crime de corrupção passiva a Gilmar Mendes com a intenção de macular a imagem e a honra do ministro, tentando descredibilizar sua atuação.

Por unanimidade, o colegiado seguiu voto proferido pela relatora, ministra Cármen Lúcia. Para a ministra, há indícios de fato delituoso para justificar abertura de uma ação penal contra o senador. O entendimento foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Alexandre de Moraes.

A conduta dolosa do denunciado consistiu em expor sua vontade de imputar falsamente a magistrado deste Supremo Tribunal Federal fato definido como crime de corrupção passiva“, afirmou a relatora, acrescentando ainda que, mesmo uma brincadeira, não permite ofensa à honra de uma pessoa.

Durante o julgamento, o advogado Luiz Felipe Cunha, representante de Moro, pediu a rejeição da denúncia da PGR e defendeu que o parlamentar usou uma expressão infeliz, da qual se retratou publicamente. “Expressão infeliz reconhecida por mim e por ele também. Em um ambiente jocoso, num ambiente de festa junina, em data incerta, meu cliente fez uma brincadeira falando sobre a eventual compra da liberdade dele, caso ele fosse preso naquela circunstância de brincadeira de festa junina“, afirmou o advogado.

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