Em duas décadas, cinco ‘esmeraldas gigantes’ foram achadas na Bahia

Em duas décadas, cinco ‘esmeraldas gigantes’ foram achadas na Bahia

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Redação, com informações do g1

Reprodução/José Cícero

Publicado em 30/05/2024 às 10:49 / Leia em 4 minutos

Cinco esmeraldas gigantes foram encontradas em um intervalo de 23 anos, em uma mina que fica em uma cidade de 19 mil habitantes, no sertão do norte baiano.

A última delas, uma pedra de matriz preta com esmeraldas verdes e pesando 137 quilos, foi encontrada na Mina Carnaíba, em Pindobaçu, e acabou arrematada por R$ 175 milhões na terça-feira (28), por um leilão da Receita Federal.

Humberto Alves, presidente da Cooperativa Mineral da Bahia, sediada em Pindobaçu, disse, em entrevista ao g1 que entre as cinco pedras gigantes de esmeralda encontradas na Mina Carnaíba, uma delas foi localizada em 2017 e pesa 150 kg.

“Ao longo de mais de 20 anos, outras pedras menores de esmeralda foram encontradas. Eram lindas também, mas com peso bem inferior às outras que ultrapassam os 100 kg”, afirma o presidente.

Conheça três das esmeraldas gigantes encontradas no estado:

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Imagem de outubro de 2001 mostra pedra de esmeralda encontrada na Bahia | Foto: Andrew Spielberger/AP

A primeira pedra, achada em 2001, tem 380 kg e foi avaliada em cerca de U$ 400 milhões.

A esmeralda foi levada para os Estados Unidos ilegalmente e, durante vários anos, foi motivo de uma disputa judicial entre o governo brasileiro e o americano. Até que, em 2015, foi decidido que a pedra ficaria com um grupo empresarial dos Estados Unidos.

Após ser encontrada na Bahia, a esmeralda foi levada para São Paulo, mas em 2005 foi enviada a um geólogo da Califórnia. O homem encaminhou a pedra para Nova Orleans, onde permaneceu desaparecida por várias semanas após as inundações provocadas pelo furacão Katrina, em agosto de 2005.

Depois de ser resgatada na água, a esmeralda terminou nas mãos do empresário californiano Larry Biegler, que comunicou seu desaparecimento em 2009.

Uma investigação liderada pelo xerife do condado de Los Angeles localizou a esmeralda em Las Vegas, em posse dos sócios do grupo FM Holding.

A disputa então começou em 2009, com a disputa entre garimpeiros, compradores de pedras e sócios do FM Holdings sobre a propriedade da esmeralda. Quando a Justiça chegava em um veredicto, em setembro de 2014, o Brasil decidiu reivindicar seu direito ao pedir a dissolução do processo e a posse da esmeralda.

Paralelamente, o Brasil iniciou negociações com o governo americano para que a pedra fosse repatriada. No final de março de 2015, o juiz responsável pelo caso assinalou que o governo brasileiro “não fez nada para mostrar interesse sobre o caso”, e descartou seu direito à esmeralda.

Segunda esmeralda

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Esmeralda foi achada por mineradora em Pindobaçu, norte da Bahia | Foto: Reprodução/ TV Bahia

A segunda pedra encontrada tem 360kg e foi encontrada na Mina da Carnaíba em abril de 2017, avaliada em R$ 300 milhões.

A pedra foi localizada a 200 metros de profundidade pela Cooperativa Mineral da Bahia, que tem autorização para explorar a área, e vendida a um minerador da região.

Por motivos de segurança, o dono da pedra bruta não quis dar entrevista e nem informou quanto pagou pela esmeralda. Ao g1, o advogado dele informou que o cliente providenciou documentação para legalizar a propriedade da pedra adquirida.

Terceira pedra

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Esmeralda gigante é adquirida por empresário de Petrolina e outro de Curaçá | Foto: Advogado José Cícero/ Arquivo pessoal

A terceira pedra, que pesa 137 kg e possui 60 cm, foi encontrada em julho de 2017 na Mira Carnaíba, e adquirida por um empresário do município de Petrolina, no sertão de Pernambuco, e um investidor de Curaçá, no norte da Bahia. O minério foi avaliado em aproximadamente R$ 500 milhões.

O empresário de Petrolina e um dos donos da esmeralda, que preferiu não se identificar, disse em entrevista ao g1, que atua no setor de mineração e disponibiliza patrocínio financeiro aos mineradores e garimpeiros da região. Segundo ele, por esse motivo, teve preferência na aquisição do minério.

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