O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou na segunda-feira (27) ao Parlamento do país e comentou o ataque a um campo de refugiados em Rafah, no Sul de Gaza, que já deixou pelo menos 45 mortos. Segundo ele, foi um “incidente trágico”, que está sendo investigado.
“Em Rafah, retiramos um milhão de habitantes que não estavam envolvidos e, apesar de todos os nossos esforços, ontem [domingo] ocorreu um incidente trágico. Estamos investigando o que aconteceu e vamos tirar conclusões”, disse ele.
O ataque aéreo provocou um incêndio no bairro de Tel Al-Sultan, onde milhares de pessoas estavam abrigadas depois que as forças Israelenses iniciaram uma ofensiva terrestre no leste de Rafah há mais de duas semanas.
Muitos dos mortos eram mulheres e crianças, disseram as autoridades de saúde, acrescentando que o número de óbitos provavelmente aumentará, pois alguns ficaram em estado crítico com queimaduras graves.
Israel manteve os ataques a Rafah, apesar de uma decisão do principal tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) na sexta-feira, ordenando que parassem, argumentando que a decisão da corte lhe concede alguma margem para ação militar no local.
Cerca de 36 mil palestinos foram mortos até o momento na ofensiva israelense, segundo autoridades de saúde. Israel lançou a operação depois que militantes liderados pelo Hamas atacaram comunidades do sul do país em 7 de outubro, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo mais de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.