A terceira edição do ESG Fórum Salvador deu uma verdadeira aula de equidade, diversidade e inclusão na tarde desta quinta-feira (23). Durante o painel sobre o tema, a co-fundadora da startup Instituto AB, Amanda Brito Orleans; a editora-chefe do jornal CORREIO, Linda Bezerra; o Presidente do Conselho de Administração do Grupo Aliança da Bahia, Rodrigo Accioly; e a administradora e psicóloga Vitor Martins compartilharam com o público importantes insights sobre como as empresas e organizações podem se tornar ambientes que valorizam a diferença e contribuem para a construção de uma sociedade mais justa e próspera.
“Deveríamos pensar que o papel social das empresas não deve ser resumido a oferecer uma carteira de trabalho assinada, mas sim dar a oportunidade para que todas as pessoas sejam valorizados e capacitados para atingir o seu pleno potencial”, defendeu Vitor. A executiva, que foi aplaudida de pé pelo público, apontou ainda que, para que a educação seja o vetor dessa transformação social que o Brasil e o mundo precisam, é preciso que ela seja antirracista, anti-capacitista e contra a LGBTfobia.
Para Rodrigo Aciolly, a mudança também só será possível se as pessoas estiveram dispostas a aprender com as diferenças. “A necessidade de evolução é constante”, pontuou.
Trazendo para o centro do debate os impactos mercadológicos da diversidade e inclusão nas empresas, Amanda Orleans ressaltou a importância de pensar em um desenvolvimento econômico sustentável que não deixa ninguém pra trás.
“Existem mais de 18 milhões de PCDs no Brasil e não podemos negligenciar o poder de consumo desse público, eles são potenciais clientes de qualquer empresa (….) Então meu trabalho é apoiar organizações para que elas entendam a diversidade como estratégia de crescimento dos negócios, tendo em vista que pesquisas apontam que a exclusão de PCDs, por exemplo, pode representar a perda de mais de 3% do PIB de um país”, afirmou.
Como forma de mostrar como esse conceito pode ser aplicado na prática, Linda Bezerra apresentou ao público o Afro Fashion Day, projeto de moda afro que já impactou mais de 1,6 mil pessoas.
“O AFD é um lugar de protagonismo e celebração do poder da população negra e nasceu da angústia de perceber que Salvador não tinha um projeto que valorizasse a economia criativa, principalmente na moda. Então, convidamos pessoas que trabalham nessa área, mas que ainda não têm a visibilidade e o reconhecimento que merecem, para enaltecê-las e mostrar à sociedade o seu brilho e talento”, explicou a jornalista.