Para driblar problemas do dia-a-dia de neurodivergentes, neurodegenerativos e idosos, as estudantes da rede pública estadual Ana Clara Cerqueira, Evelyn Rodrigues e Rayka Ravena desenvolveram uma pulseira localizadora.
Elas estudam no Centro Estadual de Educação Profissional em Tecnologia, Informação e Comunicação de Lauro de Freitas, e tiveram a ideia de desenvolver o equipamento a partir da convivência com pessoas desse público específico.
“Meu tio, por exemplo, tem Alzheimer e eu queria saber onde ele estava. Então, pensamos: a tecnologia está tão avançada, por que não usar para melhorar a vida dessas pessoas e promover a inclusão social? A partir disso, formulamos o protótipo. Fomos abraçando várias particularidades como criar um dispositivo de fácil manuseio, feito de materiais confortáveis para o usuário e à prova d’água”, conta Evelyn. Elas desenvolveram o produto com a orientação do professor Anderson Reis.
Segundo Ana Clara, elas aplicaram o conhecimento trabalhado em sala para desenvolver a tecnologia. “Aplicamos os conceitos aprendidos em aula, já que estamos cursando técnico de manutenção. Usamos materiais recicláveis, placas, baterias e chips, que nos permitiram estabelecer conexão com os satélites. Também criamos um aplicativo e implementamos o GeoC, que estabelece uma zona de segurança. Dessa forma, quando a pessoa ultrapassa esse limite, os familiares são notificados pelo aplicativo”, explica a estudante.
A pulseira tem um chip com internet própria que se conecta a um satélite, que gera imagens e guarda a localização do usuário em um aplicativo. A partir disso, a família pode saber a localização exata de quem está usando o relógio. Segundo o g1, a pulseira é capaz de funcionar em áreas de mata densa ou até mesmo fora do Brasil. A bateria do equipamento dura de 6 a 12 horas, a depender do tempo de uso, e é carregada via USB-C, cabo comum nos aparelhos telefônicos. O produto, que ainda está sendo finalizado, tem baixo custo de fabricação.