“Quando anunciamos que iríamos participar da missão no Rio Grande do Sul nós tivemos uma quantidade muito grande de profissionais bombeiros militares voluntários a participar. Com o nome na lista foram entorno de 120 bombeiros. Houve também muitos que manifestaram interesse, mas que entenderam que ainda não era o momento e, por isso, não colocaram o nome na lista”, explicou o coronel.
Ele contou que a seleção levou em consideração a experiência dos profissionais e fez uma reunião com a tropa no 3° Batalhão de Bombeiros Militares, na região do Iguatemi, antes de partirem. Dez militares seguiram por terra, em três picapes, e outros 15 foram de avião, levando os equipamentos.
A sargento Eliane Dias, que já foi policial militar e há 17 anos é bombeira, também é mãe de um menino de 10 anos, e contou por que resolveu participar da operação.
“Fui convidada pelo Comando por ter experiência em busca e salvamento e me senti honrada em poder participar. A gente vê que as pessoas estão doando alimentos, água, roupas e fazendo outros esforços para ajudar, é um sentimento nacional e a minha maneira de ajudar é essa, participando das buscas”, contou a sargento enquanto preparava o equipamento para viajar.
O número de mortos na tragédia está em 149, e há mais de 600 mil pessoas fora de casa. Nesta quarta-feira, o nível do lago Guaíba começou a baixar. Segundo os especialistas, depois de atingir o nível máximo de 5,25 metros na terça-feira (14), a tendência é que, agora, ele baixe de forma lenta e gradual. A situação ainda é crítica e a cidade de Guaíba, que fica às margens do lago, ordenou a evacuação imediata de dois bairros por causa do risco de inundações.