Sair do país e conhecer o mundo é o sonho de muitos jovens brasileiros. Em 2022, 76% do grupo etário dizia querer deixar o Brasil, segundo pesquisa Datafolha. Em meio a este cenário, quem tem a oportunidade de fazer um intercâmbio no exterior não perde tempo e, apesar da dor temporária de ver um filho indo embora, até as mães mais protetoras aguentam a barra para apoiar essa conquista.
Os motivos de preocupação podem ser diversos e a saudade aperta, e muito, mas as genitoras entendem o tamanho da transformação que um intercâmbio pode gerar na vida da sua ‘cria’, que com a experiência terá não só um currículo melhorado, mas também uma vivência cultural única e enriquecedora. Além disso, os intercambistas alçam voos ainda mais altos se contam com o apoio da família e principalmente das mães.
Para Celma Issa, mãe de Caio Issa, de 28 anos, a separação do filho foi muito difícil. Caio está em Dublin, na Irlanda, fazendo intercâmbio de estudo e trabalho através da agência CI Intercâmbio Salvador. “Mãe nenhuma quer que o filho vá embora para outro país, mas como seria para o bem dele, a gente tem que apoiar. Foi muito choro, mas graças a Deus está tudo bem”, relata a mãe.
Celma diz, ainda, que foram dias sem dormir antes da chegada do filho, e que só se tranquilizou quando Caio chegou no destino e ligou mostrando onde estava. Ela conta que esse Dia das Mães vai ser um pouco mais triste pela falta dele.
“Esse dia das mães vai ser um pouco triste porque ele não vai estar perto, mas fazer o quê. Daqui a pouco ele está de volta, com certeza, eu tô doida que ele volte, não aguento mais. Mas vai ser normal, a gente vai se falar, com certeza ele vai me mandar mensagem, eu estou aguardando”.
No caso de Anna Karenine, o filho Pedro Cunha, 16 anos, está cursando um período de high school (ensino médio) no Canadá. A ideia partiu do jovem e apesar da família preferir a Inglaterra como destino, a vontade de Pedro prevaleceu. Eles optaram pela CI Intercâmbio Salvador por indicação de uma amiga que já havia enviado sua filha para o mesmo destino pela empresa.
A saudade é muito grande, diz a mãe, mas ela fala com Pedro continuamente por ligações, vídeos e mensagens. Para Anna, o apoio foi imediato por entender os benefícios que a experiência traria para o filho em diversos aspectos.
“Tanto eu quanto o pai apoiamos muito esta sua vontade de ir para o intercâmbio, de viver o novo e viver uma nova realidade longe das asas da família. Apesar dele já ter viajado duas vezes para os EUA, a experiência de morar em outro país e conviver com uma família que até então ele não conhecia, tirá-lo da sua zona de conforto, trará muitos aprendizados para ele e o intercâmbio está proporcionando estas experiências”, diz.
Já Claudia Duran é mãe de Fernanda Duran, jovem de 16 anos que fez um intercâmbio estilo High School na Inglaterra, durante sete meses, entre setembro do ano passado e março deste ano. Claudia comenta que, no início, ficou relutante com a ideia, mas acabou cedendo ao desejo da filha.
“Relutei um pouco, sim, para permitir que ela fosse para o intercâmbio porque ela sempre disse que queria fazer vestibular para Medicina, e eu achava que se interrompesse a escola aqui ia terminar atrapalhando os planos dela. Mas foi uma decisão tomada assim muito rápido, em 15 dias. Ela insistia, insistia, insistia muito pedindo para ir, e aí eu terminei cedendo, foi tudo muito corrido, mas terminou que deu muito certo”, relembra.
A mãe de Fernanda não se arrepende e acredita que os benefícios do intercâmbio para a filha foram muitos, como desenvolvimento de autonomia, crescimento pessoal e a melhora grande na fluência do Inglês. Claudia ainda convenceu a filha a trocar de destino, já que inicialmente, ela não queria ir para a Inglaterra, mas sim para o Canadá ou Estados Unidos. Na opinião da mãe, a Europa tinha mais a oferecer em aspectos culturais e por isso a insistência no país britânico.
Ações que diminuem a distância
A CI Intercâmbio Salvador realiza ações periódicas para, mesmo com a distância física, aproximar os filhos da família e tranquilizar as mães que ficaram.
“Temos uma orientação e preocupação legítima de toda a equipe em acolher as demandas das mães e pais. Reconhecemos plenamente que, apesar de todos os benefícios que o intercâmbio pode trazer para um filho, existe um hiato que separa a convivência diária, o que naturalmente gera inseguranças e cuidados. Além disso, entendemos que essa distância física pode ser desafiadora para muitas famílias, e estamos comprometidos em oferecer todo o suporte necessário para amenizar esses sentimentos”, explica Hiury Leonel, diretor executivo da CI.
Leonel destaca ainda clientes relatam que essa separação física até mesmo aproxima ainda mais pais e filhos, já que eles enfrentam juntos os desafios e celebram as conquistas à distância.