Intercâmbio: Mães baianas aguentam a saudade para ver filhos ganhando o mundo

Intercâmbio: Mães baianas aguentam a saudade para ver filhos ganhando o mundo

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Anete Lūsiņa/Unsplash

Publicado em 10/05/2024 às 22:32 / Leia em 5 minutos

Sair do país e conhecer o mundo é o sonho de muitos jovens brasileiros. Em 2022, 76% do grupo etário dizia querer deixar o Brasil, segundo pesquisa Datafolha. Em meio a este cenário, quem tem a oportunidade de fazer um intercâmbio no exterior não perde tempo e, apesar da dor temporária de ver um filho indo embora, até as mães mais protetoras aguentam a barra para apoiar essa conquista.

Os motivos de preocupação podem ser diversos e a saudade aperta, e muito, mas as genitoras entendem o tamanho da transformação que um intercâmbio pode gerar na vida da sua ‘cria’, que com a experiência terá não só um currículo melhorado, mas também uma vivência cultural única e enriquecedora. Além disso, os intercambistas alçam voos ainda mais altos se contam com o apoio da família e principalmente das mães.

Para Celma Issa, mãe de Caio Issa, de 28 anos, a separação do filho foi muito difícil. Caio está em Dublin, na Irlanda, fazendo intercâmbio de estudo e trabalho através da agência CI Intercâmbio Salvador. “Mãe nenhuma quer que o filho vá embora para outro país, mas como seria para o bem dele, a gente tem que apoiar. Foi muito choro, mas graças a Deus está tudo bem”, relata a mãe.

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Caio Issa e a família | Foto: Arquivo pessoal

Celma diz, ainda, que foram dias sem dormir antes da chegada do filho, e que só se tranquilizou quando Caio chegou no destino e ligou mostrando onde estava. Ela conta que esse Dia das Mães vai ser um pouco mais triste pela falta dele.

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Caio Issa | Foto: Arquivo pessoal

“Esse dia das mães vai ser um pouco triste porque ele não vai estar perto, mas fazer o quê. Daqui a pouco ele está de volta, com certeza, eu tô doida que ele volte, não aguento mais. Mas vai ser normal, a gente vai se falar, com certeza ele vai me mandar mensagem, eu estou aguardando”.

No caso de Anna Karenine, o filho Pedro Cunha, 16 anos, está cursando um período de high school (ensino médio) no Canadá. A ideia partiu do jovem e apesar da família preferir a Inglaterra como destino, a vontade de Pedro prevaleceu. Eles optaram pela CI Intercâmbio Salvador por indicação de uma amiga que já havia enviado sua filha para o mesmo destino pela empresa.

A saudade é muito grande, diz a mãe, mas ela fala com Pedro continuamente por ligações, vídeos e mensagens. Para Anna, o apoio foi imediato por entender os benefícios que a experiência traria para o filho em diversos aspectos.

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Pedro e família | Foto: Acervo pessoal

“Tanto eu quanto o pai apoiamos muito esta sua vontade de ir para o intercâmbio, de viver o novo e viver uma nova realidade longe das asas da família. Apesar dele já ter viajado duas vezes para os EUA, a experiência de morar em outro país e conviver com uma família que até então ele não conhecia, tirá-lo da sua zona de conforto, trará muitos aprendizados para ele e o intercâmbio está proporcionando estas experiências”, diz.

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Pedro Cunha | Foto: Acervo pessoal

Claudia Duran é mãe de Fernanda Duran, jovem de 16 anos que fez um intercâmbio estilo High School na Inglaterra, durante sete meses, entre setembro do ano passado e março deste ano. Claudia comenta que, no início, ficou relutante com a ideia, mas acabou cedendo ao desejo da filha.

“Relutei um pouco, sim, para permitir que ela fosse para o intercâmbio porque ela sempre disse que queria fazer vestibular para Medicina, e eu achava que se interrompesse a escola aqui ia terminar atrapalhando os planos dela. Mas foi uma decisão tomada assim muito rápido, em 15 dias. Ela insistia, insistia, insistia muito pedindo para ir, e aí eu terminei cedendo, foi tudo muito corrido, mas terminou que deu muito certo”, relembra.

A mãe de Fernanda não se arrepende e acredita que os benefícios do intercâmbio para a filha foram muitos, como desenvolvimento de autonomia, crescimento pessoal e a melhora grande na fluência do Inglês. Claudia ainda convenceu a filha a trocar de destino, já que inicialmente, ela não queria ir para a Inglaterra, mas sim para o Canadá ou Estados Unidos. Na opinião da mãe, a Europa tinha mais a oferecer em aspectos culturais e por isso a insistência no país britânico.

Ações que diminuem a distância

A CI Intercâmbio Salvador realiza ações periódicas para, mesmo com a distância física, aproximar os filhos da família e tranquilizar as mães que ficaram.

“Temos uma orientação e preocupação legítima de toda a equipe em acolher as demandas das mães e pais. Reconhecemos plenamente que, apesar de todos os benefícios que o intercâmbio pode trazer para um filho, existe um hiato que separa a convivência diária, o que naturalmente gera inseguranças e cuidados. Além disso, entendemos que essa distância física pode ser desafiadora para muitas famílias, e estamos comprometidos em oferecer todo o suporte necessário para amenizar esses sentimentos”, explica Hiury Leonel, diretor executivo da CI.

Leonel destaca ainda clientes relatam que essa separação física até mesmo aproxima ainda mais pais e filhos, já que eles enfrentam juntos os desafios e celebram as conquistas à distância.

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