Casas Bahia fecha acordo com bancos para recuperação extrajudicial

Casas Bahia fecha acordo com bancos para recuperação extrajudicial

Redação Alô Alô Bahia

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Com informações de agências

Divulgação

Publicado em 29/04/2024 às 07:51 / Leia em 3 minutos

A Casas Bahia anunciou na noite deste domingo (28) um acordo extrajudicial para renegociação de uma dívida de R$ 4,1 bilhões, com seus principais credores financeiros — Bradesco e Banco do Brasil. Em comunicado ao mercado, o presidente da empresa, Renato Franklin, explicou que o acordo melhora o fluxo de caixa da empresa em R$ 4,3 bilhões nos próximos quatro anos, sendo R$ 1,5 bilhão apenas este ano.

Segundo o comunicado, o prazo de pagamento da dívida foi ampliado de 22 meses para 72 meses. Também houve redução de 1,5 ponto percentual no custo médio da dívida, com economia de R$ 60 milhões ao ano.

Os credores poderão converter parte dos créditos em ações, disse o presidente da empresa no comunicado. Os dois bancos detêm 54,5% da dívida da Casas Bahia e concordaram com a renegociação.

“Ponto importante é que no momento do pedido da Recuperação Extrajudicial (“RE”), já temos a adesão formalizada da maioria dos credores (nossos principais parceiros financeiros) para aprovação. Este modelo garante uma execução de um processo organizado e estruturado”, escreveu o presidente da empresa, que disse que o acordo melhora a perspectiva de crédito e traz flexibilidade na relação com fornecedores.

Ele afirmou que a reestruturação da dívida está restrita aos credores financeiros. A reestruturação ocorrerá por meio de uma recuperação extrajudicial, já protocolada — e com escopo limitado à dívida em questão, sem incluir as demais dívidas da empresa.

Não haverá impacto para clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros, que continuarão tendo seus compromissos honrados nos vencimentos, sem qualquer interrupção ou descontinuidade, disse no texto Renato Franklin.

A dívida de R$ 4,1 bilhões que está sendo “reperfilada”, segundo o fato relevante, refere-se a emissões de debêntures da companhia ao mercado. O plano inclui uma carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para pagamento do principal.

Praticamente todo esse valor — decorrente de quatro debêntures e de CCBs (cédulas de crédito bancário) emitidas nos últimos anos — venceria até 2027. Com o reperfilamento, esses papéis serão consolidados em uma única nova debênture, com condições mais vantajosas para a empresa.

Ela terá, por exemplo, carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para o principal. O prazo total de amortização da dívida ficará em 78 meses, enquanto o prazo médio de amortização será de 72 meses – contra os 22 meses atuais. Os pagamentos iniciarão em 2026, mas atingirão volumes significativos só em 2029 e 2030.

Com 1.078 lojas físicas, a Casas Bahia reportou no quarto trimestre de 2023 um prejuízo líquido de R$ 1 bilhão. Em 2023, o prejuízo somou R$ 2,6 bilhões, cerca de oito vezes o número do ano anterior.

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